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Amanhã Não Se Sabe - Titãs

Como as folhas com o vento Até onde vai dar o firmamento Toda hora enquanto é tempo Vivo aqui este momento Hoje aqui, amanhã não se sabe Vivo agora antes que o dia acabe Este instante nunca é tarde Mal começou, eu já estou com saudades Me abraça, me aceita Me aceita assim, meu amor Me abraça, me beija Me aceita assim, como eu sou E deixa ser o que for Como as ondas com a maré Até onde não vai dar mais pé Este instante tal qual é Vivo aqui e seja o que Deus quiser Hoje, aqui, não importa pra onde vamos Vivo agora, não tenho outros planos É tão fácil viver sonhando E enquanto isso a vida vai passando Me abraça, me aceita Me aceita assim, meu amor Me abraça, me beija Me aceita assim, como eu sou E deixa ser o que for
Could I arrest the wind ? Could I catch each star ? Could I make you grin By knowing who you are ? What if I dispel the clouds ? I'd die to shine your day... I'm caressing your vows I stay cuz you told me to wait…

Caso do Vestido

Nossa mãe, o que é aquele vestido, naquele prego? Minhas filhas, é o vestido de uma dona que passou. Passou quando, nossa mãe? Era nossa conhecida? Minhas filhas, boca presa. Vosso pai evém chegando. Nossa mãe, esse vestido tanta renda, esse segredo! Minhas filhas, escutai palavras de minha boca. Era uma dona de longe, vosso pai enamorou-se. E ficou tão transtornado, se perdeu tanto de nós, se afastou de toda vida, se fechou, se devorou. Chorou no prato de carne, bebeu, gritou, me bateu, me deixou com vosso berço, foi para a dona de longe, mas a dona não ligou. Em vão o pai implorou, dava apólice, fazenda, dava carro, dava ouro, beberia seu sobejo, lamberia seu sapato. Mas a dona nem ligou. Então vosso pai, irado, me pediu que lhe pedisse, a essa dona tão perversa, que tivesse paciência e fosse dormir com ele... Nossa mãe, por que chorais? Nosso lenço vos cedemos. Minhas filhas, vosso pai chega ao pátio. Disfarcemos. Nossa mãe, não escutamos pisar de pé no degrau. Minhas filhas, procur

Uh !

   Cuz sometimes you say “yes”, then you come back and say “no”…    You guys think you can go away, and come back when you want to ? Fuck ya.    For all the times you made us wait, and all those lies you made us believe, we have a big “Fuck You” to give to you, and we hope you enjoy it.    My dear.. Who do you think you are for doing this to me ? You were gone, you were dead, so why the hell did you come back ? Did you think that it would be ok ? Do you think you have the right of come and go from my life when you want ?    Fine… I waited for you, during a time. I waited, I swear. But who was I waiting for ? I wasn’t sure even if I existed, how could I be sure of you ? Why would I wait for a dream to sprout from the ground and make me happy ? I gave up. Just like always.    Hurted and only I can know how much.    Anyway, you don’t care about it, do you ?    I didn’t even remembered your name. Your face. Your country, boy. I was ok. Why did you come back ? Why, if you never felt like m
Your clothes, your eyes, It's easy to find: You’re here and we both know why… I cry to the sky Cuz this beautiful instant Deserves a crazy stunt... And I mix this sweetness Along this loneliness And I get.. I get just fine.. Your way, your teeth, It's easy to see: You come closer just to discomfort me. I croon for the moon Cuz this beautiful night Deserves her beautiful smile... And I mix this sweetness Along this darkness And I get... I get alright.
   Minha condição é jovem, é de adolescente. Tenho as têmporas pressionadas, as compulsões aceleradas, os sentimentos fugazes e explosivos, o coração assustado e os pés doídos da marcha (ainda que pouca, ainda que curta). Um semblante suave que encarcera um o âmago carregado, olhos delatores e uma mudez constante. Um hábito horrendo de me impor limites e de crer… Em tudo, em todos, sempre.  E uma ânsia de chegar ao fim, que por vezes não me permite fazê-lo – invento um fim mal feito e com ele me deleito.
    Queria teus braços,  teus olhos saciaram-me.  Queria teus lábios,  teu riso contentou-me.  Queria teu amor,  tuas palavras bastaram.     Queria não, quero ! Quero, mas… Não desdenho o que posso ter e tenho. Tinha. Tenho ? Sinto falta de tudo, tudo ! Quero de volta tua voz e a trança de nossas mãos. Sinto falta de tudo…     Te quero do fundo d’alma e do peito. Quero teu bem, e tua presença. Quero teu bem, e como quero…
Can you see how much it grew ? I find myself smiling just by thinking of you, I'm anxious to get to you - it is new. Can you, could you feel it too ?

Hã ?

   Eu quis dizer um “eu te amo”. Eu quase vomitei um “eu te amo”, mas eu não te amo, então tudo bem eu ter reprimido essa vontade idiota de dizer que te amo – você não precisa ouvir que eu te amo se eu não te amo. E se eu tivesse dito que te amo ? Como eu poderia me justificar ? Que desculpa eu poderia dar ? Eu me pergunto como você reagiria e essa curiosidade quase me faz querer dizer que te amo, mesmo eu sabendo que não te amo, e que você também não me ama, obviously . Por que eu quase disse que te amo, como se isso fosse algo rotineiro, como se fosse mais do que certo e óbvio, se eu não te amo ? Por que eu tive que barrar, mais de uma vez, minha vontade de dizer que te amo ? Aliás, eu sei por que eu barrei essa vontade, eu sei: eu não te amo, mas, por que essa vontade vem ? E vem tão repentina, que eu quase nem percebo que não posso dizer, e quase digo ?

Waltz

   On a cold autumn morning, there were her deep dark eyes, surrounded in red.    Leisurely, as the gray long clouds in the hazy sky, she took her steps until me, one by one, stunted by cold. Her hands were white like the snow, her mind was white like the death. In a gangling hug, she whispered, trembling, "it was far from being a love story". She left her weight fall over my arms, and as if we were the same, I felt her tears warming my face, "it was never a love story".    She turned around and break us apart, when the sun was finally fully born. She turned to never come back again, and gave me a kiss on my hand.    As the clock was going on, and the night were coming up, a silver moon came shine above the melodys that were being born for us.    To say goodbye to someone that will just not hear, I look above and realize, it was, yes, it was a love story, that we couldn't even dream about. But it was a love story, and I'm gonna miss her. The love, and the li
   Uma lástima ? Sua ausência. Por que tão pungente ? Por que tão atroz ?    Eu não queria…  Deixar transparecer que meus dias passam como séculos (tão real, tão clichê);  que o nascer do sol já não me encoraja a levantar da cama;  que entristece-me tanto,  tanto,  sua falta;  que o sol em si não me é belo,  não é nada mais que um lugar-comum;  que tudo, que o mundo,  aliás,  não é nada além de um lugar-comum, um infindo lugar-comum, se sua presença não se faz em meus dias…    Eu não queria, mas, tanto penso, que escrevo.
Aquestas noites tan longas que Deus fez en grave día por mí, por que as non dormio e por que as non fazía no tempo que meu amigo soía falar comigo? Porque as fez Deus tan grandes non posso eu dormir, coitada, e, de como son sobejas, quisera eu outra vegada no tempo que meu amigo soía falar comigo. Porque as Deus fez tan grandes sen mesura desiguaes e as eu dormir non posso, porque as non fez ataes no tempo que meu amigo soía falar comigo?   Juião Bolseiro
Something beautiful, I wanted to write, I wanted to write for those eyes Which stoled the moon from the sky. An indecision on my mind… Could those eyes bring me a smile ? And could those eyes be real this time ? Would they let me know what they meant to say on fire? On fire, one word is enought to make me blind. Like a mute photograph, Or a book without a half, I'm missing some love stabs.. Without pain, it's way too drab.
Só e nos braços do silêncio, largo-me… Como se o asseio lhe incomodasse, Largou-me.. Estejas feliz neste estado, Meu bem. Feliz, como se a desejasse… Aquieta-se e não faz sofrer os meus Ouvidos. Não diga que ainda sentes Meus olhos, meus lábios, nos rastros teus. Esqueça-se. Aquieta-se então, não mente.
Never felt that evil this way, deep inside, I’m feeling so much, so damn high, My dear, you can’t even imagine, I bet you can’t even figure it out. While you were there and took her hand, While you were all to her own eyes, My dear, you may not know, but I understand: One day, it’s love – another, it’s lie…
   Seu âmago remete solidão, tão doce em sua essência sombria e morta, tão morta que a morte adota e a deixa abraçar seu nome.    Seus lábios, violáceos, tão gélidos que são, convulsos e afiados, delatam sem dó o timbre do tempo que passou… Atraentes como teias de aranhas.    Suas pernas compõem ardilosa trempe, lábeis porém certeiras. Seus olhos são pérfidos e resultantes de sua mente incôndita, farta de pensamentos cruéis que desabrocham em sua garganta, sempre engasgada…    Uma carranca gritante simula seus gestos em seu lugar, e isso é tudo.    Que pode haver de belo nisso ? Que pode haver pra se amar ?

No.

Words, oh, words, could destroy, And are the only ones that can save… My words are gonna hurt you, boy, To want to hear them is a mistake.
Stood awake all through the night, Remembering the warm of your eyes, Thinkin' of how many times I counted your steps, I  counted your steps. As a rose, I'm waiting for my flower, And for a rose, nothing matters more than it matters. As a rose, buried on this garden, I just stay here staring your footsteps…
I'm searching for a truly smile A smile that comes from the soul A smile worthy of a place on the sky A warm smile to break my cold I want a love surprise... Ok, maybe not a love surprise, but just a good surprise ! I wanna learn more than I can know I want to keep wanting you so I wanna friends to dance on the snow So I won't do it on my own I wanna friends to call mine And watch with them the sunrise
Celebrate, honey, celebrate, Turn on the lights, Turn on the night.. Celebrate, help Him to propagate His love, his mist, over our hate. Hold me tight, tonight And give me something to make me smile Or, just shut up, my dear, and celebrate…
I'd chew your fears until they become nothing at all, I contemplate your smile in prose and poetry. I see your eyes and it's you the one I call, I hear screams and I wake up from my epiphany... I should have entered into you, So even in death, we would meet again... I should have melted and became part of your heart and brains, So, I'd never doubt, you'd hate our distance too. I keep going through the night Trying to not think 'bout... I miss and it burns like fire, But I simply can't take it out... I myself almost don't believe I miss and it makes me so weak. But it's you that makes the best part of what I can be, So I'll never want to take you out of me..
   Aqueles olhos vítreos e penetrantes que me induzem e me fazem querer mergulhar em seu escuro recôndito, me são cruéis e cândidos, tais como os seus, tais como a vida ou sua voz, dão-me esta sensação initerruptamente…    Esta sensação… De estar sempre perdendo algo, sempre deixando algo passar… De estar buscando dentro de todos, partes de alguém, as quais eu sei que não encontrarei… De falar qualquer coisa por não poder dizer o que, de fato, desejo dizer, e morrer afogado na segurança dos pensamentos… Esta sensação que, como uma chama que o vento enfrenta, que enfraquece e fortalece, sem apagar; como um barco sobre o balouço do mar e sob a fúria de uma tormenta, não deixa de navegar… Cansa-me. Incomoda-me ? Incomoda-me. Mas… (E lá se vão reticências, reticências, reticências…) Acostumei-me a ela. Vazia me sinto, quando ela aparenta cessar.

Estrela, Estrela - Vitor Ramil

"> Estrela, estrela Como ser assim Tão só, tão só E nunca sofrer Brilhar, brilhar Quase sem querer Deixar, deixar Ser o que se é No corpo nu Da constelação Estás, estás Sobre uma das mãos E vais e vens Como um lampião Ao vento frio De um lugar qualquer É bom saber Que és parte de mim Assim como és Parte das manhãs Melhor, melhor É poder gozar Da paz, da paz Que trazes aqui Eu canto, eu canto Por poder te ver No céu, no céu Como um balão Eu canto e sei Que também me vês Aqui, aqui Com esta canção
   Pensar na noite… Em transitar em seu denso vapor, figurar as estrelas, lembrar de sua fragrância de mistério, de seu perfume de segredo e de quão gélidos são os braços do medo… Fantasiar suas feições: seus fantasmas, seus gritos, suas mortes, seus crimes, suas sombras, sua culpa, seu gelo, sua fuga, sua solitude, os corpos que ela esconde, as ruínas que ela reconstrói, as mentiras que vagam por seus asfaltos sob a luz fúnebre de sua Lua…    Pensar na noite,    Ouvir a noite ,    Traz você pra mais perto de mim…

I’ll remain…

Sorry, we couldn't find him, But, don't you cry for it: He told you he loved you, And he meant it, I'm sure. Don't cry, will be harder: Your tears will squeeze Your heart when you miss His eyes on yours. Don't cry cuz, if you do, You won't see his eyes When they return… Don't cry, hold on to His love that will never die, That will forever burns. Oh boy, though it all, He'll keep his words: He'll be the hope of the fall, He'll be the flight of the bird. Don't cry cuz he will be Yours, forever and ever… Protect your youth from you tears. Protect your sweetness from me, Cuz would you ever rather To be consumed by your fears ? Oh, your innocence Makes you believe in his absence, But don't cry, don't you cry… Step up, and soon He'll come from hell, to you. Don't cry, cuz I… Well, I will remain alone. Your teeth give you a great smile, Use it to be your home, Don't cry, cuz I, I will remain alone…
I heard the screams of the night, I heard the coming morn, I heard the knights And of theirs swords, I heard the mourn. I saw the light That was left unborn… I heard the cry Of the corpse while I saw the scorn In his deep purple eyes, In his eyes that lies lorn… I heard his rhymes… I heard it all in a tone torn.
   Sinto falta de minha alvorada, de torná-la tangível a mim, transitável por mim, de palmilhá-la e sentí-la em cada canto de sua solitude, em cada tom do seu azul. Sinto mais a falta de sua presença, a tenho quando tenho minha alvorada…    Não sei por que tal pensamento me aturdiu, eu já não imaginava ? Minha saudade surtiu bem mais cedo do que eu esperava, em dimensões agigantadas, se comparadas às usuais…
   I don’t wanna see those tears running through your face again. They tasted like iron… Maybe they were drops of blood, but, well, I can’t see the colors right now, the whole world was painted gray…    Why were you always so alone ? If I could go back time, you would never be hurt.    I took all those letters… You may don’t know which letters they are, ‘cause I never sent them… And I never will.   “I keep searching for an answer / It just ain't there…*”    I read them all, it was like turn back time and feel that all again, but weaker… Weaker, just because now, I know the truth, and now I’m not about to fall for you no more. Anyway, it’s not your fault, not even mine… The time just passed by us, and, somehow, we stood in diferent dimensions… That’s sad. I used to like to think that I was in love. And, see, I don’t ever wanna lie to you again,  I’ll never tell you I love you again.   “And I can't forget that look on her face / It looked like an angel as she died in my prayers…*
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   Uma rosa vermelha desabrochou hostil e delicada, em sua magnificente condição de rosa, com seus espinhos pungentes e suas pétalas veludosas. O orvalho sobre suas folhas tenras, fulgura sob a luz do sol, transparecendo as cores do arco-íris para os olhos que as podem ver.    Esta bonança, própria do mar, traz um sono tão agradável e corpulento, um torpor tão cheio de sonhos que chego a ansiar poder não despertar. Deleita-me este vento brando que sopra em mim ao passo que brinca moldando as ondas, tão gentil e gracioso, e com tanta doçura, como o céu, que em seu azul divino e sereno, faz-me perguntar por onde estas belezas andaram, e por qual razão regressaram… Poderiam adivinhar minha carência de encantos ? Poderiam querer compensar a noção sobre sua ausência que me tem angustiada ?    Ponho-me a fitar o brilho da reflorescência deste jardim e as belezas que a luz do sol me propicia, agora que meus olhos pararam de arder.

A Sombra

A sombra de outrem, uma porta aberta, A tão bem obumbrar-me ao ver-me inerme, A tão bem roubar-me as palavras certas, Lançando-me neste mundo solerte, Que a minha indelével face aniquila, Rapinando-me os sonhos, minhas rimas, Tão reles e imaculadas, outrora, Tão raras e tão dolentes agora… A sombra de outrem, que o Sol arrebata, Impera em terra onde tal luz faz falta. E em mim faz sua frieza nefasta, Como seu senhor, que por onde passa, Alastra perversidade e devasta. A sombra de outrem, onde vaga, abala…
Meus olhos, algo de errado Doce cinza adormecido. Sobre meus ombros, pesados Corpos secos, apodridos. Queria não ter provado, Que dói reviver passados, Sou fóssil neste mercado.
Saudade… Praxe. Perpetua teu nome em meu peito, Tão cedo. Tarde… Talvez por me sentir bem, Talvez por não me sentir bem assim Quando tua companhia encontra-se longe de mim, Calo-me por dentro E fora. Deixo tua pessoa, meu alento, Ir embora.
   Você me fez viver um câncer… Quando, me diga quando, o meu amor se tornou um câncer ?? You left me with no answer…    Onde está seu amor desmedido, que não posso vê-lo ? Não posso enxergar no escuro, desculpe-me se frustrei suas expectativas… Não o esconda de mim, não, nunca, jamais, tape meus olhos.    Já nem sei qual meu idioma, não me lembro como se respira. Não reconheço meu rosto. Quanto disto é culpa sua ?    Você está sempre se virando para ir embora, e passando por mim como se eu não existisse, você não consegue enxergar na luz ? Ah, que aflição mais supérflua, claro, não te vejo mais. Enxergo sua face, seu vulto, seu tudo, noutros corpos. Pobres outros corpos, medíocres, simples e simploriamente outros corpos, nada mais.    Será que você existiu, algum dia, ou eu inventei, sozinha, todo este drama ? caso sim, chamo-o então, melodrama. Meu fantasma, minha árvore de melodramas… E eu sempre preferi limoeiros, e ninguém nunca me perguntou.
Que sou eu ?  - Árido chão. Sou terra seca, vazia, estéril, improdutiva. Eu sou meu ulo de aflição, tão fácil e tão vão… Ah, quanta falta me faz, o brilho que a água me traz… Senti-la correndo em mim, fazendo em mim seu jardim, Como parte do que sou, como um pássaro em seu vôo. Ah, chuva, pode entender nesta simplória metáfora, o que faz quem é você ? Minhas mal feitas palavras só fazem querer dizer Te necesito, oh, mi gran querer… Besoin de votre mer !

She - Elvis Costello

"> She May be the face I can't forget. A trace of pleasure or regret May be my treasure or the price I have to pay. She may be the song that summer sings. May be the chill that autumn brings. May be a hundred different things Within the measure of a day. She May be the beauty or the beast. May be the famine or the feast. May turn each day into a heaven or a hell. She may be the mirror of my dreams. A smile reflected in a stream She may not be what she may seem Inside her shell She who always seems so happy in a crowd. Whose eyes can be so private and so proud No one's allowed to see them when they cry. She may be the love that cannot hope to last May come to me from shadows of the past. That I'll remember till the day I die She May be the reason I survive The why and wherefore I'm alive The one I'll care for through the rough and ready years Me I'll take her laughter and her tears And make them all my souvenirs For w
Espectros aterram-se, moribundos, Nunca dantes tão mortos como agora. Almas dolentes do seco oriundo Das pátrias em pó, dos restos de tora. Sobejam hoje retumbos dos brados, Sobeja a carestia das lembranças, Resta uma nação de povo acanhado, De punho cerrado e de pouca herança.

A mentira e a verdade, o amor e a piedade..

I invent a home, and a war I invent a memory, and a scar I invent a future, and a past I invent a first, and a last I invent a smile, and a mourning I invent a sunset, and a morning I invent a cloud, and a loadstar I invent a near, and a far I invent a life, and a death I invent a whisper, and a breath I invent a passion, and a deception I invent a lost, and a direction I invent a hope, and a mistake I invent a promise, and a forsake I invent a lie, and a truth I invent a love, and a ruth
   Existe algo crescendo mais e mais, e suscitando fortemente uma áscua em meu peito que eu não mais quero suster. A cada momento terminante, busco um meio de encontrar-me livre, mas livre não me encontro, estou crescendo e este angusto cárcere parece não me acompanhar, e somente estreitar-se e angustiar-me… Os tornozelos expostos ao céu, clamo por piedade.    Vão-se vozes ! tormentos obsoletos.    Levem-me de volta para quando o céu era tomado pelo arrebol, e nuvens pesadas não haviam para esconder o sol. Levem as lembranças e os sonhos, não quero mais mágoas, nem vidas, não quero mais querer e não querer…    Velados os meus sorrisos, meus livros, meus suspiros enamorados da Primavera, ninguém jamais poderia tê-los tomado de mim… Não sei mais quem agora sou. Não sei mais quem agora subsiste em mim.
You won’t be the one who takes my hand, Please, don’t think I’m writing to complain, I know, I know, that I can’t. You may never understand The way I feel, or who I am. I used to feel you near, To feel you almost here, I’ve been feeling you close, I’ve been feeling you’re gone, I have been feeling… So small Your name is not here, I drawl Your name inside of me, I pall All my desire of dreams,  I fall
Um príncipe solitário, perdido, não há cavalos brancos por perto… Teus lábios brandos, ele cuidaria com esmero – um príncipe imaginário. Tanta fragilidade, mas nada parece machucá-lo, tanta hostilidade, mas nada parece incomodá-lo. O amor dele a ti pertenceria, e do teu ele iria cuidar, se o amor deixasse escolher a quem amar… Finalmente, eles se escolheriam e juntos veriam o amanhecer. Ou então se poupariam, Havendo onde se esconder. [19/11/20 09 ]
Bem ou mal, quis entender como o sol brilha ao nascer, quis saber como é, viver, quis parar de se esconder. Bem ou mal, sentiu, amou, todos espinhos e rosas. Bem ou mal, partiu, chorou, entendeu por que era tocha. Quis brincar, mas fez arder, quis gostar de ser de alguém. Não se brinca de querer… Ah, que mal querer tão bem ! (Mal há em não ter ninguém, mal há em meu querer bem, mal há em meu viver sem, mal há em ser eu também…) Queria, tanto queria, queria, porém, não tinha. Se tinha, custava ver, tinha e queria não ter.

Dor

   Ainda dói, porém só quando eu penso demais a respeito. E eu evito.    Quando foi a última vez em que lágrimas pungiram minha face rubra e absintaram meu palato ? Dói viver sabendo que doer é inevitável – e infindável –, não importa onde se vá.    Mesmo em meus sonhos, não consigo tê-lo. Nem ao menos em meus mais perenes devaneios, ele é meu. E assim como dói e machuca, corrobora. Gratuitamente, me proporciona sorrisos – que disfarço e, egoísta, guardo-os em meu ânimo, para mim e apenas para mim – e, em igual quantidade, lágrimas – as quais, em segredo, nascem e morrem em um grito contido, uma vontade reprimida de correr para me acalentar… Um nó bem apertado em meu peito.    Meus pés fincados a este chão réprobo, que a realidade tão bem conhecida e aflitiva não abandona, fazem de mim um riso, inerte e algente, externo, um manto para sepultar a dor que dói como a mais feroz dor de todas as dores que em mim já doeram… Te avistar partir ao longe.
Come and stay, and stay forever You’re all, nothing else matters I’m afraid to find that you’re not here To see that I’m without you and keep living Is it a lie ? I need you You make me cry, but I like to See, how could I exist without my love ? I’ll be dead when I don’t care anymore Say a word, just a word Even if it’s gonna hurt Honey, I just hate when you’re quiet, But still I love your silence
We love in vain above the hate We fake a laugh to make them cry We love in vain over the fate We tie our hands and go to fight We hide our lies, and still we lie We dispute a tast of blood in scene We stay awake to be ally We are the destined to be demean We left our tears under our skin We don't see us as if we were together We are all naturaly bumpkin We are of the incomplete book, the lost chapter And "we" is just a mask to me…
   Eu sei, estive mentindo, enganando, ocultando… Estive tentando mascarar a realidade, disfarçar o penar, aliviar a dor, por meio de uma doce e bondosa hipocrisia. Espero que você tenha consciência de que meus atos foram puramente altruístas – menti para você, e para nós, em nome da felicidade. Não uma felicidade verdadeira, mas uma felicidade de qualquer modo, e a felicidade mais feliz e completa que poderíamos ter, dadas as circunstâncias.    Não sei dizer se me arrependo. Eu lhe entreguei mentiras e deixei que você acreditasse, e já não sei mais se foi proveitoso e correto nos encarcerar em um universo regido de epifanias e sonhos coloridos, agora que estes foram frustrados e essas tornaram-se paranóias.    O fato de uma mentira ter sido dita com benevolência não muda o fato de que é uma mentira. A princípio, pareceu-me que o melhor a fazer era lhe dar um riso fingido, lhe mostrar falsas alegrias… Contudo, começo a pensar se o preço que agora pagamos por termos ofuscado a verdade e
   Sua e minha definições para uma só palavra: ignorância. Nem você, e muito menos eu, sabemos bem como tratá-la.    A intragável ignorância, para você, é aquela que veste os que falam “pobrema”, que crêem em simpatias, políticos, santos e coisas do gênero. Ignorantes, pobres, pobres coitados.    Ao meu ver, entretanto, ignorância vai além, muito além de status, de classe social, de costumes e crenças. Este tipo de ignorância, aliás, me parece inocente e perdoável – escutei de uma grande pessoa, certa vez, que ouvir um “pobrema” dói muito menos do que ouvir uma ironia inexorável e refinadíssima com um toque de francês. E é verdade.    Há maior mal do que ser ignorante, estando, ao mesmo tempo, repleto de informações ? Falo sobre a pobreza de espírito, não de corpo. Ter dinheiro nunca foi sinônimo de ter boa moral e dignidade, afinal. Ser leigo em alguma ciência hoje, não implica que o será amanhã também, inevitavelmente.    Porém, como livrar-se das enfermidades geradas pela ignorância
   Não sei mais como me sinto, de repente. E chocolate já não tem gosto de nada.    Um fim poderia vir, mesmo que o começo nem tenha sido moldado ? Eu pensei que nós estávamos tão a frente… E de repente, de repente… Nada.    Será que nós dois continuamos sendo apenas um ? Eu te sinto, assim, tão distante de mim. Muito mais distante do que você já está fisicamente. Muito mais…    Eu sentirei sua falta, caso eu tenha forças para partir. Contudo… Não sei, honestamente, se é você, ou o perigo, que me faz ficar. Eu sei que não quero mais, e apenas isto. E sei que não posso mais – nunca pude, aliás.    A perspectiva, o medo, de te encontrar, me faz desejar poder não levantar da cama, simplesmente. E eu podia jurar que daria a vida pra te ver…    Estranho. [23/03/2010]
   I wanna see your smile. It shows me that… Tomorrow always is gonna be another day. It makes me feel your sweetness in my soul. It makes me feel hugged inside.    It hurts to watch you go away. Make me want to make you stay. Make me want to go with you. Make me want to run into you.    Makes me distressed, your absence. I keep on thinking about how you are, if you’re well, if you’re not… I wish I could take care of you. And listen to you. I wish I could stop the time when you open your arms to hold me. I wish I could turn back time, wish I could change it.    It’s not right. I shouldn’t say anything. But I can’t help.    I wanna see your smile... It makes me feel safe.
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Se fosse uma melodia, este sentimento, seria arpejada agilmente em acordes menores, por natureza taciturnos… Ensor, James (1860-1949) – 1891 The Frightful Musicians
Meu afeto fatigado, difuso Junto a este pranto amargado, me iludo. Submerso em dias, momentos defuntos, Nosso amor, nosso acervo desconjunto, Cultiva em mim o que me deixa lábil… Lancinante, funesta, a atroz ausência Conserva, efêmera, a sua presença, Cultiva em mim o que me deixa frágil… Meu fôlego escasseia-se em palavras, Dou-as sabendo que estou a deixá-las, Dou-as esperando que saiba amá-las. Passam os dias, debalde lhe espero, Sonho acordada, debalde lhe quero. Debalde, lhe entrego um amor sincero…

If You Could Only Know - Emilie Autumn

   Neste enleio me faço, mesclando-o à minha carência de ti.    Suponho que amar em segredo seja tão válido quanto amar algo que não existe – seja vão da mesma maneira.    Tenho medo.    Tudo em mim brada meus amores por ti, e em tua direção. Contudo receio que não possas me ouvir. Perturba-me pensar que, talvez, ainda que ouças, imagine que minha poesia – pretensão minha, chamar “poesia” – seja direcionada a outro, ou a ninguém.    E se escutas, e se fores conhecedor da existência do meu amor, posso eu dizer, que isto faz diferença ? Posso eu afirmar e provar a tua existência ?    É que tua doçura a este mundo não pertence. Não consigo imaginar como pôde ser possível encarcerar tua essência neste aljube – o mais primoroso dos corpos, porém ainda material. Disse certa vez, e repito: é como se fosses de um livro, o mais perfeito personagem, com tua alvura e tua serenidade, tua lucidez, teu espírito, teu asseio, o primor de tua existência em suma, jamais poderiam ter sido criados, jamais
   Qualquer coisa que venha de mim, já nasce fraca e miúda e fadada a nada, que não à morte e à poesia.    Janela cinza, deixa o verde entrar. A paisagem, é sempre a mesma, como numa fotografia.  Odeio fotografias… Acusam-me de ser conotativa em demasia, e excessivamente cheia de reticências… Mas, reticências preenchem o vazio, melhor do que qualquer lembrança tocável. Reticências preenchem o vazio mostrando que ele existe.    Ah, que cansaço. Sinto falta de tanto, e tanto tenho para dizer, tanto tenho para ser… Mas, vontade mesmo, é só a de olhar pela janela. Fico esperando você vir. Fico tentando me convencer de que isso é possível, embora eu saiba que não. Estranho: nessas horas eu sinto como se houvesse aqui, alguém além de mim.    Chovem gotas minúsculas – desejos meus, escondidos, guardados, trancados –, corrosivas, conhecedoras de cada uma de minhas particularidades, são donas de uma crueldade singular e tratam-me sem segredos, porém, desconfio que sem verdades também. Mas eu go
Todas as cartas de amor são Ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem Ridículas. Também escrevi em meu tempo cartas de amor, Como as outras, Ridículas. As cartas de amor, se há amor, Têm de ser Ridículas. Mas, afinal, Só as criaturas que nunca escreveram Cartas de amor É que são Ridículas. Quem me dera no tempo em que escrevia Sem dar por isso Cartas de amor Ridículas. A verdade é que hoje As minhas memórias Dessas cartas de amor É que são Ridículas. (Todas as palavras esdrúxulas, Como os sentimentos esdrúxulos, São naturalmente Ridículas.) Fernando Pessoa [ Álvaro de Campos ]
   Sempre que se apaixona por alguém, pensa-se que é amor. Sempre, pensa-se que desta vez, o sentimento é muito maior do que da última vez, quando, na verdade, é a mesma porcaria. Sempre jura-se amor eterno, e quem é que morre junto com uma paixão, um término de namoro ?    Tem gente que só fala, tem gente que só age, tem gente que mente, tem gente que acredita, gente que foge e se esconde, gente que “dá a cara a tapa”, gente que se esforça, gente que não se importa, tem gente que machuca, gente que dói, tem gente que se ilude, tem gente que se cansa, e ainda há quem não desista.    Pobres animais… Ou, pobre de mim, despeitada. Ou não, quem pode dizer ?    Solitário, e não infeliz, pulsa meu coração, cansado porém saudável, saudável como nunca antes.

Você saberia…?

   Necessito que você exista – você é, simplesmente, imprescindível para mim. Mesmo que não possa ter sua presença, e mesmo que isso me doa, eu não poderia suportar sua perda completa.    O que te faz pensar que eu te deixaria ir assim ?  Ainda que você não esteja aqui de verdade, você está em mim,  e eu simplesmente não vou deixar que você vá,  desculpe-me.    …Quero dizer, meu maior medo é que me peça para te esquecer: sua doçura me é indispensável, contudo eu não acho que conseguiria te negar algo.
It’s the dark, it’s the light, It’s the tight hug in a cold night. It’s the wrong, with the right, The pretty words I’ll never write. It’s the sea, it’s the moon, The loneliness of a crowded room. It’s the essence of the poetry, The most innocent and sweet feeling. The beggining, and the end, The much I wish I could hold your hand. It’s the never, and the forever, All the dreams where I find us together…

Flesh…

It is something in my head… I just can’t forget. I heard, I heard, The last words she said… Her red-blue eyes denounced she was stoned, In a moment, or another, she was gone. Her makeup denied her mind, And her lips were… Just like mine. I saw her petrifield, White as the whitest white. That was such a dark night, Another heart, another wasted shine… A storm came with the sunrise, Absolutely nothing on the ashamed sky. She said, she said, she promise me, She would met the whole eternity… Now her flesh is falling over, decomposing by the worms, the ones that were always there with her, when she was alone… Now her flesh is so much colder, like a hungover of all the suffer, the only thing that she could find, going back home… How could she stand With no one to hold her hand ? I wish that I Could go back time… How could she regret ? She’ll never know… Well, I wish I had met Her about some time ago…
All that I can see now Are the lights, the lights of the cars. Always dreaming of tomorrow… Know your eyes guide me like stars. All you give me are smiles, All you take from me is my life. I wanna tell you that these words you read Are for you, owner of my heart and head… Silently, I beg you to stay, I wonder if you will ever hear me, someday… Well, I know that is something that you can’t, But, if you could, would you make things different ?
   Frígidos dedos tocaram-lhe a face deturpada pelo tombo.    Eu pensei que te conhecia.    Não doeria tanto se eu nunca tivesse tentado… Talvez.  Mas, que bela tristeza, que me corrói, que me assola e consome, jamais eu poderia dizer que estaria melhor se tivesse me privado dela.    Fora da minha imaginação cheia de expectativas, você disse que estaria aqui, e eu escutei… Agora eu tenho medo e, extenuada, não mais acredito na felicidade que, outrora, fantasiei ter.    Mirando os cacos do porta-retrato despedaçado, lembrei-me outra vez de como era bom, e duvidoso, ter você.    Ainda que em meu coração pese sempre um assombroso rancor, não se olvidarão as lembranças, o saber que um dia, você pôde me tirar tudo, você significou tudo. Um dia, eu pensei que te amava…
   Eu desejei poder ouvir seu riso para sempre tão perto de mim… Com tanta doçura soou. Você nem se dá conta, encantador.    Como o Sol, fulgurante, quente. Sinto-o em minha alma, em minha amada madrugada, e a cada vez que se inicia mais uma noite solitária. É impossível não pensar em você. Não precisar de você. Não sorrir e agradecer, por sua terna respiração. Impossível não amar você…
   Multíplice, eversivo. Chega a ser simplório, chega a ser ridículo…    Temo temer-te tanto assim.    Temo adorar-te dessa maneira.
Versos escritos, assim, inaudíveis, Como podes ouvir o que não se escuta ? Seus olhos e seus braços completíveis, Posso eu saber se precisas de ajuda ? Austero, singular, abarcador, Se vivo, vivo por ele sorrir… Pode alguém julgar se é ou não amor ? Ou dizer que este não pode existir ? Duvido, creio, não posso provar Mas, algum dia, eu hei de ter a chance De provar a sua autenticidade Algum dia, eu hei de te confessar: "Amo-te como amigo e como amante Numa sempre diversa realidade"* *Vinícius de Moraes – Soneto do Amor Total
   Somente um fio, um resquício, uma pequenina faixa branca, reluzindo quente, brilhante, tremendo solitária, em meio ao nada, em meio à escuridão. Seu olhar.    Cheiro de dúvidas… Não ! Cheiro doce, cheiro de erva e dia de chuva. E a luz, mais enérgica, espectável, fazia-se mais intensamente bela e convidativa.    Toquei-a. Queimou-me.    Entorpeceu-me em ardor e saudade e amor e querer. Em seu sorriso.    Monopolizou meus sentidos.    Afogou-me numa densa substância. Afogou-me irreversivelmente em sua ausência. Deixou minha vista turva.    Te amo…
In this life, everything feels wrong, When he comes, that's what he says "You have to be strong Cuz it will happen, someday You have to be ready, when I'm gone" Well, it's quite easy You can talk what you want But my disease It's made of life's taunt Made of it's irony There's no rescue for me And then he tells me "You have to have faith, Sweetheart, you should pray, You have to have strenght to believe Trust me, somehow, Things gonna change, And you must never doubt..." See, I can't help, I miss him Protecting me trough his thoughts
   Não sei se já postei isso aqui, ou se já postei algo parecido… Eu estava remexendo uns cadernos velhos e achei... Não tem data, deve ser de 2009, ou do começo de 2010. Não quero ser fria, Eu quero sentir Nostalgia Ou vontade de sorrir, Arrependimento, Vontade de voltar no tempo, Ou ter a graça do torpor do esquecimento… Que não seja mais do que lamentação, Mesmo que não me traga nada além de dor, Eu jamais poderia viver em vão, Viver uma vida sem amor…

Ou talvez sejamos e não saibamos…

   Estuante e quente, nada realmente faz sentido aqui. Parece que estamos existindo a esmo… E, de fato, estamos.    Talvez sejamos moldados sobre um fado: em algum momento, uma estrada nos levará, e nos levará, naturalmente, à felicidade. Como partes de um quebra-cabeça, no qual cada peça foi feita com o único intuito de se encaixar em outra perfeitamente; como as notas de uma música distribuídas com um ideal de harmonia. E, talvez, também esteja implícito em nós o desejo clandestino de simplesmente complicar, a capacidade de fazer absolutamente tudo o que não se deve fazer, de teimar em não permanecer onde se deve, desestabilizando e desvirtuando assim, todo o sistema.    Nós, talvez, sejamos burros demais para sermos felizes verdadeiramente por mais de um breve espaço de tempo. Talvez nós não sejamos felizes somente por não merecermos. Talvez não sejamos felizes porque não buscamos a felicidade, pensando que já somos. Talvez não sejamos porque não acreditamos que podemos. Talvez não

Aldravar…

   Eu sabia que, lá fora, o mundo borbulhava, corrosivo e abrasador. E eu estava tão bem, trancada, sonhando, como nunca antes estive.    Nem durou muito. Que crueldade, estourar minha bolha de plástico protetora, em tão pouco tempo depois de eu finalmente conseguir formá-la.    Já nem sei mais o que tenho pra dizer, estou atordoada de tanto sentir, de esperar, de saber, de adivinhar… Estou farta, abarrotada de começos e fins… A cada dia, tanta coisa muda, inovações, ressurreições… E perguntas vão se aglomerando, anotadas ou esquecidas, guardadas então, não respondidas. Eu precisava saber de tanta coisa, mas não consigo mais me lembrar do que era, como se, dentro de mim, todo o caos tivesse se fundido e se tornado vácuo. Me sinto oca, de novo. Não frívola, somente vazia. De repente, tudo explodiu e se tornou… Nada. Um ponto de interrogação mal apagado, inútil – não sei o que significa, não sei por que está ali.
   A semana mal começa a acabar e eu já começo a lamentar sua ausência. Mal você se vai e eu já sinto sua falta: falta algo, e algo deveras significativo, em mim.

Lost In Space - Avantasia

Another star has fallen without a sound Another spark has burned out in the cold Another door to the barren standing open And who is there to tell me not to give Not to go How could I know? How could I know? That I'll get lost in space to roam forever How could I know? How could I see? Feeling like lost in space to roam forever I'm crawling down to the doorway to the badlands Been kicking down all yer hurdles to the black And all the damage fading in the rear view mirror And the demons are calling me They're dragging me away How could I know? How could I know? That I'll get lost in space to roam forever How could I know? How could I see? Feeling like lost in space to roam forever Lost in space Lost in time Lost in space Lost in time Lost in space How could I know How could I... How could I know How could I know That I'll get lost in space to roam for ever How could I now How could I see Feeling like lost in space to roam forever Forever...

So forget myself and smile…

Toda de vocês, sou toda sorrisos, Sou toda como eu, e como eu me sinto Tão bem, tão sã, tão eu, que quase rimo… Tão bem e tão bem, dentro de um abraço, Tão bem e tão bom, meu simples espaço, Me perco, me deixo, faço, desfaço, Toda de vocês, sou toda sorrisos, Sorrisos que moldo, são meus, não minto.
   Não sei dizer se o fato de ela fazer tudo aquilo que você condenava que eu fizesse me alegra, entristece ou enraivece. Hoje você fala tudo o que me disse para nunca falar. Ela é o tipo de garota que você jamais aceitaria que eu fosse e que, aliás, eu nunca tive vontade/capacidade de ser.    Há um bom tempo, quando eu ainda praticava algum tipo de esporte, me acertaram uma bola de basquete na cabeça, e eu me lembro bem de como tudo escureceu e somente uma enorme estrela branca brilhou. Essa é a definição mais próxima que eu consigo dar sobre como me sinto quando, de repente, eu me recordo exatamente de quem você era, como se tivesse sido ontem a última vez que te vi, como se nós dois ainda fôssemos somente um. Um choque, um susto. Eu tremo e pisco, e faço qualquer coisa e afasto novamente essas lembranças, tão perfeitas, tão detalhadas, tão complexas, tão cheias de você, do seu cheiro, sua voz, do seu jeito, de suas manias… Não sei por que ainda venho aqui, neste lugar que só me faz

Mentecapta

Um cômodo desmobiliado, digo, tudo o que lá está resume-se a uma extensa cortina, pregada firmemente à parede, que agita-se em meio a escuridão, balouçando junto ao vento, que adentra pela cavidade onde deveria haver a armação de uma janela. Frigidez ou nostalgia ou insensatez ou fatiga ou desalento ou tudo ao mesmo tempo ou nada disso… Não se assemelham mas eu não sei, não consigo diferenciar e apontar e me livrar do que me tem tão verdadeiramente incomodada, o que me tem deixado deveras desaconchegada. Mentecapta. Apoquentada. Tenho me sentido Vã; Não tenho me sentido Nada. Tenho me sentido Vã Em todos os sentidos Da palavra. Desopressão… É vazio, tanta coisa, é tanto nada cheio de tudo ou tanto tudo vazio de nada ? É tanto tudo cheio de nada ou tanto nada vazio de tudo ? Não sei dizer. Eu não queria, ou queria sem querer. Poder bater meus calcanhares e desaparecer. Poder estralar os dedos e esquecer. Queria poder escrever, qualquer coisa que eu soubesse q
Rounds on my heart, rounds on my head and mind And suddenly I noticed that I come here every night For you, only for you, just to check if you're alright And to tell you that I love you.. I didn't know it was true Everytime we talk, it looks like, Like we met about a long time, Long, long time ago… You and me, it’s just more than they can know… River, sweet river, drowned in your own sweetness An angel, a princess, a mind lost and full of mess Far from being far from me, And far from being happy like this. Eagle, fly back to your nostalgy, Leave me, don't ever come back, sure I'll miss you, Leave me, don't ever come back, 'cause you have to... Yeah, you have to...

Educação

Em cada um de nós, há muito o que se pode avaliar para chegar à definição do caráter. Desde o berço somos educados, e levamos essa educação (em proporções relativas a cada um) pelo resto de nossas vidas. Dentre a educação que nos é dada, e a que nos é imposta, passamos a filtrá-la e a absorvê-la após atingirmos certa maturidade, de acordo com nossos preceitos morais. Rousseau, em sua obra “Emílio”, analisa a educação baseando-se em um arbusto: a criança é o broto, e a cerca ao seu redor é a mãe. Os frutos que esse broto futuramente dará serão as alegrias de seus educadores e representarão a personalidade do indivíduo em questão. O suíço diz também: “ um homem abandonado a si mesmo desde o nascimento entre outros seria o mais desfigurado de todos” , pois, segundo ele, o homem nasce fraco, carente e estúpido e “ tudo o que não temos ao nascer e de que precisamos quando grandes nos é dado pela educação” . O que tento passar é a importância, tantas vezes ignorada, da ed
Your heart used to give me rhymes I miss you when you were mine… And there was no cloud to hide the sun… Well, not that I remember ! Nothing compared to what you’ve done, Oh, sweet boy, sweet pretender… Your heart used to give me smiles, Your arms used to hold me tight… Maybe I don’t really miss you, deep inside, Maybe it’s just something on my mind… But, all I know about these “maybes” Is that they all only means “mistakes”. Your eyes used to be my guides, I didn’t know, but I married you, sometime, It was a marriage with no love… Your hands don’t hold me anymore, There’s nothing here to break my fall, As I see you don’t care at all…
   Não é como se eu sentisse que te conheço há muito, muito tempo. Não é como se eu precisasse de você, ou te desejasse de fato. Não é como se eu tivesse me apaixonado perdidamente por você desde o primeiro momento que te vi. Eu acho que não estou nem minimamente apaixonada, de qualquer forma, ainda que esse sentimento exista, não poderia ser forte.    Porém, aquela voz miúda que, por vezes, cresce dentro de mim, aquela que grita histericamente “Olha o foco !!”, a mesma que adverte “Vai dar merda…”, agora indaga, somente indaga: “Por que não ?”    Me deu vontade de sorrir agora… É… Por que não ?

Eram dias de sorrisos.

   O céu límpido deixava o Sol impor-se, fazer-se rei. Todos os cantos, seus raios abemolados iluminavam, faziam com que tudo fosse belo, fosse claro. O Sol brilhava imponente, espelhado nas águas cristalinas que corriam calmamente. Estava em tudo e todos, no quente das bochechas acanhadas, na cauda alaranjada, brilhante e vívida dos peixes, nos desenhos coloridos dos pequenos, nas bebidas, nos doces, nas novelas, nos sonhos, nas noites… Tudo era quente: a areia de veludo, as pedras brilhantes pregadas ao chão, os abraços, os olhares, os beijos, as pessoas…    Havia uma mulher que para todos sorria, um sorriso puramente gentil, um sorriso pelo singelo prazer de sorrir, que comprimia seus olhos de maneira agradável. Havia um senhor, sempre com seu chapéu cinza claro posto em sua cabeça, sisudo e generoso, galanteava a vista com sua feição doce. Ele era cinza mas irradiava felicidade. Havia um casal que a todo segundo improvisava juras pomposas de amor eterno em versos metrificados, e
   Naquela terra de amores condenados e extintos, todos matavam – a si mesmos e uns aos outros –, e viviam aborrecidos uma vida de eufemismos, cada qual em seu jazigo empesteado, alimentando seus vermes tumulares, cada qual com seus receios e com seus anseios frustrados.    Suas maiores belezas são suas tristezas, destruidoras e destruídas, refletidas somente quando o sol desponta, obscurecido, em meio a trevas.
“ I can't believe in the things / That don't believe in me… ”                                                Marilyn Manson - 1996
Faz tempo que não fotografo… O real não me tem atraído. A vida não tem me inspirado… Faz tempo que eu não rimo. Faz tempo que eu não vivo.
   E então, chorou. E que choro puro e sofrido !    Só deu tempo pra eu pedir desculpas pelo meu atraso usual. Agradeceu-me por ter vindo e foi andando até um canto, já com os olhos úmidos e então, sem querer, eu fiz aquela pergunta que tanto odiava que eu fizesse, foi um extinto, não pude evitar… De qualquer forma, não acho que tenha escutado, ou escutado de verdade para se importar e se zangar, não acho que tenha feito diferença, bem como a minha tentativa dar-lhe qualquer abraço: não queria abraços, queria somente chorar. E chorou.    E ao ver sua expressão, intuí a razão de seu pranto. Havia somente um motivo que, algum dia, poderia fazer com que chorasse daquela maneira, sua dor desesperada.
“Mas eu gostava dele, dia mais dia, mais gostava. Digo o senhor: como um feitiço? Isso. Feito coisa-feita. Era ele estar perto de mim, e nada me faltava. Era ele fechar a cara e estar tristonho, e eu perdia meu sossego” . João Guimarães Rosa
   Conspícuo.    É belíssimo. Sublime, divino, apolíneo !    Árduo encontrá-lo – oculta-se sem esconder-se, não é evidente.    Engana, ainda que permaneça puro. Base composta por contradições e pedras, por inquietações, insônia, por obliquidade, inevitabilidade, por súplicas desesperadoramente sinceras, por tudo o que não é óbvio, embora o pareça. Não, não se pode adivinhá-lo, não se pode prevê-lo. Não se consegue provocá-lo, transtorná-lo. É impossível superá-lo, bem como detê-lo.    É um jogo sem perdedores ou ganhadores, os que jogam são, meramente, jogadores. É uma estrada de dois sentidos, estrada para o desconhecido.    É a perfeita junção da harmonia da desordem com o caos da serenidade. Dor aguda e adocicada, atraente, deleitável.    Mas, como algo tão primoroso se alimenta de tanta ruína e obscuridade, e disso somente ?    Seu encanto se faz às custas da amargura. Mas sua excelência é impagável, e sua perfeição simplesmente irresistível.
Quando de noite, a vida, Você não pode negar, é mais bonita. E se você puder, se você quiser Neste denso e negro mar adentrar, Sabes que ali será sempre seu lugar. Mas se a coragem vier, Nem pense em hesitar: Mergulhe, Afunde, Oculte, afunde, Deixe que te inunde, Deixe que te inunde, mergulhe… Mergulhe… Quando de noite, a vida, Você não pode negar, é mais bonita. E se você puder e se você quiser, Neste denso e negro mar adentrar, Sabes que ali será sempre seu lugar… Mas se a coragem vier, Nem pense em hesitar ! Deixe-se abarcar ! Mergulhe ! Afunde ! Afunde ! Mergulhe, afunde, Deixe que te inunde, Feche os olhos e escute, Este doce gelar Afunde, E se deixe guiar, Afunde… Mergulhe, Neste tortuoso mar, Mergulhe… Afunde…
   Queria poder fugir, eu preferiria fugir a ter que assistir tudo desabar, pois eu sei, tudo o que vês agora desmoronará, e o fará mais cedo do que se espera, mais rápido do que se imagina. Me sinto inútil, fraca, impotente. Eu simplesmente não posso fazer nada.
I woke up and the sun was an orange ball. The sky was clear and so white, without any cloud. I’m peaceful, I feel like there's no node on my defile. This morning, I don’t know why, I have such a great smile...

A Luz de Tieta - Caetano Veloso

Todo dia é o mesmo dia A vida é tão tacanha Nada novo sob o sol Tem que se esconder no escuro Quem na luz se banha Por debaixo do lençol... Nessa terra a dor é grande A ambição pequena Carnaval e futebol Quem não finge Quem não mente Quem mais goza e pena É que serve de farol... Existe alguém em nós Em muitos dentre nós Esse alguém Que brilha mais do que Milhões de sóis E que a escuridão Conhece também... Existe alguém aqui Fundo no fundo de você De mim Que grita para quem quiser ouvir Quando canta assim... Toda noite é a mesma noite A vida é tão estreita Nada de novo ao luar Todo mundo quer saber Com quem você se deita Nada pode prosperar... É domingo, é fevereiro É sete de setembro Futebol e carnaval Nada muda, é tudo escuro Até onde eu me lembro Uma dor que é sempre igual... Existe alguém em nós Em muitos dentre nós Esse alguém Que brilha mais do que Milhões de sóis E que a escuridão Conhece também... Existe alguém aqui Fundo no fundo de você De mim Que grita para quem quiser ouvir

Someday…

Your sun won’t come at morning and your moon will turn gray. You’ll find yourself blue, and you’ll see there’s no one who really cares around you. You’ll feel cold and without a shelter. You’ll feel generous, but nobody’s gonna want you. You’ll feel sick and you’ll blame the world. You’ll have a dream and you’ll wake up and see that dreams weren’t make to be more than dreams. You’ll wish that you were dead. Well, when this day comes, just know that it’s me, working on my evil side to make you suffer like I did. Like I do. [10/07/2010]
   Algum dia, te surpreendi com algum gesto digno, mas o normal é que isto não se repita.    Não espere nada de mim. Saiba somente que não é por não ter vontade de ajudá-la, por favor, apenas não conte comigo    Se você passar tempo demais junto de mim, verá o quanto sou insuportável, então, apenas se afaste. Não precisa dizer nada. Afaste-se, antes que você o queira fazer cheia de ressentimentos.    Eu tenho espelhos em minha casa. Muitos espelhos. Sei bem quem eu sou por fora, e, apesar de não saber tão bem quem eu sou por dentro, ainda sei mais do que qualquer outra pessoa. Não quero/preciso de ninguém mentindo e tagarelando qualquer coisa pra fazer com que eu me sinta melhor. Palavras são somente palavras – não podem, e nunca poderão, mudar a realidade.    E isso é tudo o que você tem me dado. Não sei dizer se é maldade sua, querer me fazer acreditar em você, ou se é ingenuidade, ignorância, se você realmente acha que o que me diz é verdade, se você realmente pensa assim

Silêncio

É faísca doce ao meu paladar: Arde, queima, não me deixa falar. De sentinela, ao seu lado, Solidão. Olhar de súplica, de imensidão.
   Costumavam se esforçar em tentar disfarçar que exercer Política, aqui, é sinônimo de explorar os trouxas, os reprimidos e os conformados.    Agora nem isso mais…

Quimera

   Boa noite, minha utopia. Vou sonhar com você.

Oclusão

O quê seus olhos cerrados lhe deixam ver ? O quê esta boca fechada lhe deixa dizer ? Esses pés fatigados, cansaram-se de caminhar ? São esses braços armados os que outrora estavam a me abraçar ?
   Eu tenho procurado por palavras para poder escrever, porém, uma vez ausentes, elas teimam e demoram a voltar…    Não tenho muitas ambições, sou demasiadamente acomodada, apesar de saber que ser assim não é realmente bom. A cada vez que o sol se põe, sinto minhas aspirações afastarem-se mais e mais de mim; meus sonhos desestimulam-me: neles vejo meus anseios não realizados, e sim frustrados.    Ainda que não sejam muitas e mais desvalorizadas do que, talvez, devessem ser, eu me desfaria de todas as minhas vontades e meus almejos, em prol de um, apenas um desejo, dos únicos que são, de fato, inatingíveis: não é te ter especificamente ao meu lado, e sim te ver bem.    Se eu pudesse, Querido, te faria ver a verdadeira pessoa que habita seu corpo.    Se eu pudesse, eu te proibiria de sentir-se mal.
   Com o passar do tempo passa-se a duvidar de tudo pois verdades contradizem outras verdades e sabe-se que as mentiras são imperceptíveis, tão perfeitas.    Perde-se muito e o que se ganha, em maior parte, são motivos para aceitar ou desejar a perda.
Imagem
O dia parece noite E as estrelas não têm vindo… A Lua, triste, se esconde, Não há Sol, não há destino. Abrigar-me-ei em teu cinza, Faço em teus braços meu ninho. Sonho acordada na escrita: Só ela entende o que eu sinto…
Venho caminhando por esta estrada, o rosto virado pro mesmo lado buscando alguma beleza na vista, buscando e vivendo sem resultado. Cansada da paisagem desgastada, me viro e, surpresa, outro mundo encaro: distinta alegria, só eu não via que estava vivendo só de passado. As flores sempre estiveram ali, o Sol só brilha do lado de lá, toda a luz afugenta a solidão. Tanta vida que eu nunca percebi, para o outro lado esqueci-me de olhar, virada apenas para a escuridão. [03/09/2009]
   Eu tenho que ver os dois lados de tudo . Não consigo afirmar nada, me contradigo… E é só por isso que me deixo guiar pelas minhas emoções: minha parte racional é uma bagunça !
   Simpática a moça do ônibus: “Eu tenho muito dinheiro, sou filha do dono da prata e do ouro, só ando assim pra economizar, sabe lá Deus quando eu vou ter que gastar… Eu não sou de muito luxo que nem essa gente cheia de caprichos, eu sei que tudo o que eu como, os vermes vão comer também !”
   Eu sei que eu posso escrever o quanto eu quiser aqui, mas quem lê é quem decide se acredita ou não.    E se eu disser que eu te amo, e que é verdade, e que eu me importo, e que, aliás, você é muito mais que importante… Se eu disser, fará alguma diferença ?
Oh, dono dos meus sonhos, meu senhor, Meu arrebol, raio de sol e vida, Força que faz perdurar este amor, Estreita linha para além da física… Sorria pra mim, sorria pra sempre, Sorria, teu sorriso me faz bem… Não vá, que eu preciso de ti somente e Peço que fique pra que eu seja alguém. Fácil é ver o quanto eu necessito De todo e cada gesto teu, querido; Com os olhos teus se inicia o dia. Meu donairoso portal luculento, Minha estigma, minha luz, meu alento… Vivo por ser sua simples cativa.
Deixemos que saiam, singelas Palavras, tudo o que tenho. Deixemos que sejam belas Em seu sabor verdadeiro… Você veio cedo, E eu nada tinha a lhe oferecer. O que havia para perceber ? Afagos levados pelo vento, E o que eu amo… Os timbres diversos do seu olhar sereno, Efígies, suas, por todos os cantos. (Dentro de mim…)
   Eu não te quero mais !    Vá embora dos meus sonhos, fique longe dos meus pensamentos !    É, eu tenho sonhado, sonhado com você… Você junto de mim, como éramos, você com ela, como agora é…    Me esforço para me concentrar em qualquer coisa, às vezes me flagro rindo com lembranças de nós que ainda me fazem sorrir… Me repreendo, um riso cujo motivo seja você não me faz bem, não quero, não preciso, não quero precisar, não quero lembrar. Às vezes me sinto tão pequena, como se tudo dentro de mim se comprimisse, da mesma forma eu me sentia quando perto de você, mas agora esse aperto me é desconfortável e dói.    Às vezes encaro meus olhos úmidos… Mas só às vezes os fecho e tenho paciência de esperá-los secar, para que você não embace minha vista outra vez…
   Quando o céu estiver limpo, prometa-me: não terás medo de olhar para cima.    Não fugirás das melodias suaves, quando o sol tornar a lamber a Terra. Não se esconderás…    …E sentirás tão delicado sopro roçando-lhe o rosto, afagando-lhe as feridas, sentirás a luz branda tomando-lhe o corpo, penetrando-lhe a alma… Não temerás, não há motivos para isto.    Acostumou-se ao escuro, entenda, não há nada que dure pra sempre, e conforme profetizaram certa vez: “Estas nuvens disseminarão”, eu digo, não será diferente agora. Apenas não… Se adiante.    Estamos neste precipício e a tempestade apenas se anuncia… Não significa que temos que pular, não significa que morreremos afogados, não significa que não seremos capazes de passar por isto, e não significa que passaremos por tudo ilesos e sãos.     Venha ver, os primeiros brotos estão surgindo, logo se imporá a Primavera, logo desabrocharão, no tempo certo. Contenha tuas agonias apenas, aguarde.    Teu corpo arderá, habituado ao

Wild Flowers - Anneke van Giersbergen

Like wild flowers Left alone By the side of the road Imperfect on the edge Like wild flowers Left alone By the side of the road Imperfect on the edge They stand in the wind and the rain Not a fear left in the world They've learned that this life Is unpredictable Like wild flowers Left alone By the side of the road Imperfect on the edge Like wild flowers Left alone By the side of the road Imperfect on the edge Far away Where the moon falls into the sea Like wild flowers Left alone By the side of the road Imperfect on the edge Without knowing anything for certain This may be the last day So everything has more meaning And so much more color this way Far away Where the moon falls into the sea Like wild flowers Left alone By the side of the road Imperfect on the edge Like wild flowers Left alone By the side of the road Imperfect on the edge
Rasgue todas aquelas palavras, queime-as ! Cada uma delas, cuspida, trouxe consigo apatia e mágoa… Mande-as, pois, embora.    Eu estava lá, uma folha, com o gingado do vento, e pude mirar aquele rosto irado proferir todas aquelas ácidas desgraças, num ímpeto abarcador, num gesto inescrupuloso, corroendo toda a harmonia, desfigurando a melodia, bem como qualquer outra beleza que por ali estivesse.    Palavras venenosas, não somente lesaram, injuriaram, também profetizaram… E tão bem acertaram:    Quando solicitado, impôs-se o silêncio, emanado das brechas que a respiração necessitava, até tornar-se absoluto. Surgiu para cuidar que o ambiente não mais fosse invadido e dominado pela exasperação e furor…    O rosto que antes vertia ódio em chamas, calou-se, fechou-se, virou-se e atravessou a porta, como se esta fosse um portal, como quem nunca mais voltaria.    A outra face, cujos olhos fitavam, desalentados, a parede cinzenta e as exclamações ali abandonadas, livres no ar, co
When my blood gets warm and my hands get cold, and I start to stutter and tremble, I know, you’re here. Then my heart starts jumping and it almost get to my mouth, my stomach is compressed – so full of butterflys. I’ve got so many things to tell you, but I just forget everything when you’re close to me. I stop breathing, I swear, I can only feel your smell… I start working inside my head, trying to find something to say, an ideia, trying to find a way to ask you to stay… But I can’t think, and soon you’re gone, and soon it’s too late.

A culpa é sua.

   Agora eu sei, onde tudo começou realmente, o verdadeiro empurrão que desencadeou essa afeição sem calibre: foi aquele gesto.    Eu me lembrei de repente, de como me senti, e como eu descrevi em palavras – as quais guardo escondidas – a cena que se passou em minha cabeça, conforme aquele momento se consumava.    Delírio.    É como se nunca tivesse acontecido de verdade, e sim somente em uma epifania, um devaneio abençoado. É estranho dizer desta forma mas, foi tão bom que excedeu os limites de Paraíso que cabem nesta realidade, neste mundo… Talvez por isso tenha sido tão breve, porém o fato de ter sido breve não significa que não foi perfeito.    E talvez tenha sido perfeito pelo fato de você não parecer humano para mim… Não um simples e simplório humano. Você não cabe neste prefixo em que todos nós cabemos. É como se você fosse um desses personagens-príncipe, os quais são perfeitamente perfeitos, que saiu de um livro escrito por uma mente gentilmente fantasiosa, e veio vi
   Já é mais do que um hábito sentir sua falta. Já existe uma parte de mim que é encarregada desta função somente e, apesar de você nem desconfiar, falo de meu coração. Te ver, seja de modo tangível ou simplesmente imaginário, o faz pular e rodopiar, tão ferozmente que chega a doer em meu peito, como se ele pudesse sair. Mas esta dor é boa, é que te sinto tão real e tão perto de mim, e ainda que toda essa agitação comprima meus pulmões e me impeça de respirar, tudo bem, eu daria todos os ares para fazer perdurar o motivo de essa sensação vir.    A princípio, era angustiante, não te ter ao alcance de minha visão a todo momento. Contudo, o tempo, em sua dócil habilidade de destruir, trouxe-me consolação e eu simplesmente aprendi a esperar, a aguardar pacientemente sua tão breve companhia. Na verdade, acho que o tempo apenas me deu conformidade e obrigou-me a abrigá-la em mim, pois quem ensinou-me a esperar, a esperar por você, foi você mesmo, ainda que não o saiba.    Às vezes, essa
I take a look to the people in front of me, It would be really so much better if I couldn’t see Where I am right now… And how lonely I feel. They come and say they’re worried, they ask me if I am fine, I hide my heart, I close my hands, and I fake a smile, But, how could I be well, knowing that you’ll never be by my side ? Well, sometimes, I get so tired of all this shit, Sometimes, every single move of them seems so mean, But I just can’t think of anywhere I’d rather to be… I keep on watching the clock, counting the time, I can not wait for the moment I’ll close my eyes, And I’ll just pretend that you’re here, here in my arms…
   É que, às vezes, os abraços dessas “amizades por conveniência” me irritam; os olhares hipócritas e cruéis que me fitam, me enlouquecem; o tom de voz - cuja doçura é proporcional à falsidade - com que se dirigem a mim, me enoja. É que, às vezes, eu só desejo poder ir pra qualquer lugar que seja longe de tudo isso. Quero me afastar, antes que eu realmente me torne parte disto, ou antes que isto se torne parte de mim, antes que eu passe a ser como eles, sem ao menos, perceber. " Odeio quem me rouba a solidão sem em troca me oferecer verdadeiramente companhia "    Nietzsche
Se em minha frente estás e eu fecho os olhos, não posso crer, quão saudosa me torno. Quando em minha frente, tão belo, passas, doem as diferenças das estradas… As estradas suas e minhas seguem Paralelas – quase posso tocar-te… ”Quases” e “talvezes” que me perseguem, Iludem mas, não me deixam amar-te. Não lhe culpo, veja: todos lhe adoram, talvez, contigo, sonhem ou sonharam, todos lhe querem – apenas eu te amo. Eu sei, admito o meu egoísmo, bem como estou certa sobre o que afirmo: Todos lhe seguem – apenas eu te amo.
   Tenho medo do tempo, medo que o tempo corra, medo que o tempo morra, medo, pois eu sei, eu vi: o tempo voa !    Os minutos, eu guardo, das horas, faço dias, os momentos em instantes, os segundos em primeiro, e vivo pensando que o tempo aproveito, mas não o faço, pois tenho medo, temo deixar o tempo passar, temo que o tempo passe à toa, temo perder tempo, tento como o vento correr, perco tempo temendo não ter tempo pra viver, os ponteiros, enforco, os relógios, queimo, tenho medo de ver passar o tempo, tenho medo de que o tempo passe e eu não veja…
Who I am ? A frustrated mess... Is that all ? Who we are ? One more photograph on the wall ? Could you be honest, just one little time, if I asked you ? Well, for every single lonely tear of mine, there's an ocean of truth... There are gardens which are so full of dreams, And there's a nightmare full of these gardens. And there's a flower where I hide my fears And the holy piece of our diferences.

Ai…

   Eu não pude acreditar. Eu não posso acreditar.    Eu pensei… Que já estava tudo bem. Mas eu acho que não estava pronta. Pois bem, aqui estão, as lágrimas esfriando meu rosto, rolando em seguida pelas bordas do teclado. E agora, novamente, aquela bagunça de pensamentos: “eu sabia”, “eu sou uma idiota”, “nunca mais, nunca, nunca mais…”, entretanto, a única onomatopéia eminente é “Ai”. Nada mais que isto.    Uma bala no peito, um tapa na cara, um chute no estômago, uma paulada nos rins. Dói. E eu sinto esta dor em mim. Por que ainda tem que doer tanto ?    Meu Deus… Quão rápido aconteceu. Mais, muito mais rápido do que eu imaginei. Por que é que tudo vem assim, de uma vez ? Por que tudo simplesmente cai por terra de uma hora pra outra ? No fundo eu sabia, sempre soube, desde o início… Mas nem por isso eu tive tempo de me prevenir.    Sempre acaba assim. Mas não precisava acabar mais que uma vez, de verdade.    Digitar não abafa os soluços.    Morder meus lábios não faz

Ninho de Cobras

   Como uma criança, retirada de sua segurança, de seu abrigo, onde se encontram apenas ela e as pessoas que a rodeiam, que são somente aquelas que a amam verdadeiramente, sente o trauma irreversível de ser atirada a este mundo selvagem, repleto de falsidades convenientes, de mentiras absurdas, de mentes persuasivas e corruptas, empesteado por uma maldade inexplicável, cujos danos são inevitáveis, eu não sei dizer o tamanho da minha dor ao perceber que me encontro, na maior parte do tempo, em um verdadeiro e funesto ‘ninho de cobras’. A estabilidade do meu mundo, assim como a proteção das pessoas que me amam, se foram simplesmente. Não fui eu que fui embora, tão preguiçosa que sou, este mundo confortável foi quem fugiu de mim, num ímpeto, sucinta e repentinamente, no pretexto de ensinar-me o que a vida é realmente.    São raras as vezes agora que sua solidez me abarca, raras as vezes em que posso me deixar desabar e desabafar e chorar em um ombro confiável e sincero, sem receio, sem
   A grama era de um verde fosco, esbranquiçada, amarelada, seca, fina… Pensando bem, havia mais terra do que grama, e mais areia do que terra.    Os campos de cimento, todos esburacados, foram inutilizados, ninguém mais jogava bola ali. E o parque… Vandalizado, interditado; nenhuma mãe deixava seu filho brincar por lá; os cabos de quase todos os balanços estavam arrebentados; no meio do escorregador, um buraco, e os pés da casinha estavam desprendidos do chão, deixando-a bamba e insegura.    Assim mesmo, eu o levei pra lá, pois ainda que o balanço estivesse manco, e mesmo com a sensação de que toda sua armação de ferro desabaria a cada empurrão dado para balançar, era bom. Era bom estar lá, sentir o vento alvoroçando os cabelos, soprando morno em meu rosto. Lá, o sol era mais ameno, ainda que a grama seca jurasse o oposto; as árvores grandiosas e velhas faziam sombras confortáveis por todos os lugares do parque; o silêncio, consequência do vazio, era intimidador, contudo, relaxan
   Instintivamente, admoestava o que não compreendia, afugentava os de aparência ruinosa, julgando-os malevolentes.    E então, trombou com aquela criatura, cujos traços repugnantes e obscuros eram refutados pela ternura que transbordava de seu olhar singelo. Seus movimentos grosseiros, todavia cautelosos, a obsequiaram tão intensamente que, impetuosa, ela tratou de fazer daqueles braços gigantescos, pavorosos, seu resguardo.    Entretanto, dando-lhes rasteiras e pontapés, esta vida fugacíssima fez com que a criatura, vexada, encolhesse-se, encarcerasse-se dentro de sua própria existência medíocre e horrenda. Ela, cativa sua, já rendida a seus lábios que prodigavam pureza e a seus olhos gelatinosos, prometidos de comiseração, viu-se só, mais uma vez, e tornou-se tão desgostosa quanto seu próprio abandono e quem a abandonara.    O gelo corroeu suas entranhas e artérias e sua vivacidade virou pó, pó à deriva dos ventos errantes, arrastado a lugares distantes, florescendo para alg

Stumbling

V oices, voices, whispering in my head, C razy images, all the things you said, F aster, slower, colder, liar, M emories of memories come and make me upset, I told you the truth, you said it wasn’t you, Y ou noticed I realized, you must see it’s too late, Y ou said you were alone, your promises fade away, I see there’s no good intentions behind the show that you do… C Ds and letters and roses, just papers and lies, M isery, forget it, so many troubles in vain, Y ou never felt anything, it’s too much for you understand, Y ou lied, you’re gone, your coward, now your lies make my life… Y our eyes are made from glass, is my heart made from plastic ? W hat was never good, now is so horrible, happened so fast, just like magic, T he universe conspires in favor of my revenge, I see, S omeday you’ll drink from bitter, thinking it’s sweet, just like me !