Minha condição é jovem, é de adolescente. Tenho as têmporas pressionadas, as compulsões aceleradas, os sentimentos fugazes e explosivos, o coração assustado e os pés doídos da marcha (ainda que pouca, ainda que curta). Um semblante suave que encarcera um o âmago carregado, olhos delatores e uma mudez constante. Um hábito horrendo de me impor limites e de crer… Em tudo, em todos, sempre. E uma ânsia de chegar ao fim, que por vezes não me permite fazê-lo – invento um fim mal feito e com ele me deleito.
...Sua diferença é uma anomalia. As palavras repetiam-se, incessantemente. E misturavam-se, embaralhavam-se, trombavam umas nas outras, arrumavam-se despropositalmente, num eco, num grama de cheiro de fósforo, que ela não perceberia se não lhe tivessem dito. Tremiam e misturavam-se também os elementos de sua paisagem. Se fechasse os olhos para organizá-los, dormiria. Nato de motivos que ela não procurou entender, receosa, um sorriso despontou, escondido em algum canto daquele murmúrio, e os olhos piscaram mais lentamente, querendo torná-lo mais vibrante, querendo sem querer.. Agora, não era mais nada. Ali, não havia mais nada. Quede... Consciência de hora, lugar e si mesma ? Não havia... Quando perde-se assim, e quando perde-se assim ? Conhece ? Este querer não encontrar-se nunca mais.. Porém, sua diferença... Era uma anomalia.
lindo isso
ResponderExcluirPerfeito
ResponderExcluirSó a realidade! Amei demais!!!
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