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Mostrando postagens de agosto, 2010

Foi assim:

   Havia um rapaz, o qual, não sei por que, estava preso naquele castelo, que não estava propriamente em ruínas, mas sim mal cuidado; podia-se notar, sem nenhum esforço, que havia um bom tempo desde que havia sido habitado pela última vez: estava imundo e em plena desordem.    Em outra cena, havia uma mulher, gótica, trajando um vestido longo, de um marrom forte, ela dançava sob a chuva, estava em uma quadra rodeada por paredes baixas, as quais poderiam ser facilmente puladas, se a copla não se localizasse na extremidade mais alta do castelo, como uma lájea, onde era impossível de se chegar. O céu estava cinza, devido às nuvens densas, que todavia, ainda deixavam passar luminosos raios de sol, como holofotes na copla. Enquanto chovia e ela dançava… Então, sangue, quente e ácido, irrompeu de repente, não sei dizer de onde. Ela começou a cantar, enquanto era tingida pelo vermelho vívido.    Acordo. Minha mãe conversa comigo, não me lembro sobre nosso diálogo. Fecho meus olhos, to
Oh, my sweet, my sunny day, I know I'm wrong calling you mine... My honest, only and truly friend, Your perfect eyes could make me die... Shine of my moon, stars from my sky, my deepest and immutable desire. Your image just don't leave my mind, I swear I haven't sleep at night... Oh, sweet flavor, come from the rain, your presence tastes so good... See, I'm begging you to stay, I really only want to hold you...
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   Ontem à noite, sem qualquer explicação, recorreu-me uma imagem, uma lembrança de anos atrás: minha família almoçando, meu pai sentado a ponta da mesa e eu ao seu lado, tentando de todas as formas encontrar uma maneira “confortável” de posicionar a colher em minha mão. Havia alguma coisa errada, mas eu não conseguia perceber o que era. Meu pai, percebendo minha complicação, disse-me:    “Sabe por que você não consegue ajeitar sua colher ? Porque você está tentando com a mão esquerda.. Tente com a outra”.    Eu sei, não é algo muito inteligente de se lembrar e dizer (é até estranho), mas, pensar nesse almoço me fez pensar em outras situações em que a resposta era tão explícita, e eu não pude vê-la… Certas coisas são tão óbvias, que eu preciso que alguém as mostre para mim, para poder percebê-las… Isso pode ser aplicado também àquele pensamento: não reconhecemos o valor do que temos, até que perdemos…    É lamentável… Tantas boas oportunidades perdi, vivendo sempre no meu mun
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   Sempre dizendo tão docemente as mais cruéis verdades…
   I bought a card and thought of you. I bought the card for you, only for you, but I’m not sure if I’ll give it to you.. I just don’t know how… This time, my biggest worry is how will I give you this card. I gotta do it…    I wish I could tell you what I feel, and make you believe that this feeling is the most real thing I ever had.. But more than just tell you, I wish I could hear from you that you feel the same, wish I could have you…    I’d tell you that everything’s ok when I feel you here… I’d tell you that I dream about you, even if I do not want to. I’d tell you that those words “forever and ever” could be real for us. I’d tell you I miss you all the time, yeah, all the time… Even when you’re in front of me. I'd tell you that everything that makes me really happy can be summed up to your words… I’d tell you that I’d die for you. I’d tell you that… I’d tell you that I need you.
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   As dificuldades transformam em açougueiros os mais austeros vegetarianos. As pessoas metamorfoseiam-se conforme a situação que vivem.    Às vezes a vida parece tão injusta, especialmente quando ela é justa, de fato. Difícil aceitar calado as consequências merecidas dos erros que cometemos. Às vezes eu me confundo e me atrapalho quando recebo um tapa, sem saber de onde veio, ou por que motivos veio… E então, recupero minha calma e a ideia de que tenho contas a acertar, e que tudo o que vem até mim, vem apenas pelo meu merecimento, pelas coisas que apenas eu fiz.    Eu não costumo fazer por mim mesma o que faço pelos outros. E não faço pelos outros o que faço por mim mesma. Dizem que minha maior imperfeição é a minha compaixão. Pegam minha única qualidade e a apontam como maior defeito. Mas isso não vem ao caso…    Eu sempre tento ser sincera, por dois singelos motivos: primeiro, todo mundo percebe quando estou mentindo, e eu sempre fico com cara de tacho (¬¬’) e, segundo,
   “Quando é bom, é bom , e é bom por várias ótimas maneiras diferentes”.    A Lika que me ensinou ^^

Devaneio..

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       E então, assim que ele disse aquelas palavras, um vento forte, gelado e ruidoso escancarou a janela trazendo consigo pó e folhas secas.    Eu simplesmente não podia entender mais nada. Tudo o que eu vinha acreditando há anos, virara pó, como o que entrava pela janela. Agora tudo resumia-se em contradições e desilusões. Nada restara. Nada tangível. Nada.    Mesmo que eu lutasse fervorosamente – o que eu não fiz –, não poderia ter impedido aquelas lágrimas de molharem meu rosto e embaçarem a visão mórbida que estava se impondo a mim.    O sal já conhecido, íntimo, o peito apertado, abarrotado de nós que desatavam-se em soluços. Era inacreditável, era… Era simplesmente inaceitável.    A janela fora fechada e, outra vez, o ambiente se calou. Diante de mim, apenas a carcaça encurvada do que ele costumava ser. O brilho em seus olhos não passava de umidade. Seus lábios, roxos pelo frio, nada despertaram em mim, desta vez.    Ele apenas não tinha mais nada para dizer Ele
  Tudo o que conquisto, ponho à prova assim que tenho a chance. Perco muito, mas o pouco que tenho é mais do que qualquer outro “muito” que eu poderia ter.   É muito fácil dizer “eu te amo” quando o mar está sereno. Poucos são os amores que não são desmentidos ao verem uma tempestade se aproximar. Menos ainda são são os que resistem ao temporal.
I can go At any place of the world But I can’t get you out of my mind Because there will always be an sky… And the beauty of the nature makes me think of you… And I can see You were always all I need So I can’t get you out of my head I get there, just for wait you come back…
   Talvez eu não devesse ter começado a me importar… Pelo menos, não tanto. Eu não consigo evitar, mas também não quero evitar… Mais do que simples desejo, te ter próximo de mim é uma necessidade .    Pode ser que não perceba, que não consiga ver, mas, seja em seus sonhos mais belos, seja em seus pesadelos mascarando seus medos, estou lá… Com tudo de mim, sempre zelando por você.    Talvez não sirva de nada, eu acho que não deve realmente fazer diferença… Os desejos de cuidar que eu tento não deixar transparecer, apenas por saber que não devo, não posso. Aliás, “talvez não sirva de nada”… Para você; eu não posso te proteger, nunca poderei, eu sei. Porém, fazer simplesmente o que eu posso fazer – rezar, lembrar, desejar – para o seu melhor, ainda que seja inútil, é uma das únicas coisas que me conforta, quase tanto quanto a sua presença em si. Eu não fico totalmente bem, mas sim o mais próximo de “bem” que eu posso estar… Graças a você e ao fato de eu poder, ao menos, pensar em v
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Eu tenho que ficar aqui, parafraseando meus pensamentos…
   Saudades da calmaria que somente aqueles braços podem me dar. Não tarda, eles vêm, tirar-me deste hospício por segundos divinos. Não demora, eles se vão, e eu volto à minha rotina salgada.
   Não aguento mais.    As pessoas mudam o tempo todo: vão embora, voltam, outra vez se vão, tornam a voltar…    Basta !!    Que droga de vida efêmera e tão inconvenientemente imprevisível !!!    Imprevisível ? Não sei dizer o motivo, uma vez que já vivi o que agora vivo, já senti o que agora sinto. Na verdade, a pior parte é essa sensação de “eu já sabia”, essa sensação de estar vivendo um dèjá vu constante. Eu já sabia de tudo, mesmo sem saber de nada. Como quando você sabe que será golpeado, não sabe como ou por que, contudo, instintivamente, põe as mãos sobre a cabeça e fica ali, paralisado, esperando… Esperando. E tanto espera que se acomoda, de modo a ser surpreendido quando o golpe vem afinal. "Uma dor assim, se tivesse podido prevê-la, saberia suportá-la" Virgílio
   E eu me lembro que já passei noites acordada, pensando em você… E eu me lembro que já perdi meu apetite, por sua causa. Já suei frio e tremi receosa, por você.    E pensar que eu já me senti tão bem vinda, nos seus braços. Pensar que eu dediquei cada segundo vivido, cada suspiro, cada singelo olhar a você.    E pensar que, hoje , choro de raiva. Hoje, nada me prende, não consigo desviar o pensamento, não durmo, não como, nada afugenta essa mágoa por muito tempo. Nada arranca esse rancor do meu peito.    Esse ódio cru e esse vergonhoso desejo de vingança me invadem.    Ah, asfalto ardente, pare de clamar meu nome !

Meus Oito Anos

Oh! que saudades que tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida Que os anos não trazem mais! Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tardes fagueiras À sombra das bananeiras, Debaixo dos laranjais! Como são belos os dias Do despontar da existência! - Respira a alma inocência Como perfumes a flor; O mar - é lago sereno, O céu - um manto azulado, O mundo - um sonho dourado, A vida - um hino d'amor! Que aurora, que sol, que vida, Que noites de melodia Naquela doce alegria, Naquele ingênuo folgar! O céu bordado d'estrelas, A terra de aromas cheia As ondas beijando a areia E a lua beijando o mar! Oh! dias da minha infância! Oh! meu céu de primavera! Que doce a vida não era Nessa risonha manhã! Em vez das mágoas de agora, Eu tinha nessas delícias De minha mãe as carícias E beijos de minha irmã! Livre filho das montanhas, Eu ia bem satisfeito, Da camisa aberta o peito, - Pé

Perfume

Docinho… Seus olhos de Lua me fitam; perco a direção, viram finas pedras o asfalto da rua; viram noites belas as noites de solidão. Exalas perfeição, não consegues livra-se dela. Sua textura de orvalho, seu aroma de sonho, seu quente e seu gelado, gelado de alvorada, sua cor de arrebol, seu rosto em minhas madrugadas… Quando eu te abraço, abraço raios de Sol. Um aconchegante abrigo em meio a realidade insana… É como se meus sentimentos fossem desconhecidos pela ciência humana. E as minhas manhãs são mais doces nas vezes que as inicio sonhando contigo…

Useless Words…

   I’m not completely free, but I’m free enought to say what I want, and that’s why I’ll choose the silence. I’ll let you fall to pieces with the emptyness of the absence of my words.    I’d tell you that I don’t wanna know about anything about you. I’d say that I don’t wanna keep my memories of you, that I won’t keep with me anything from you.    It's weird how those mistakes can ruin all we used to be. When we were far from each other, we were far from ourselves, and we were dieing together. Now I'm here, stabbing myself, and you're there, thinking you can fool me.    I’ll throw away the scapular you gave me. I’ll spew the chocolates of the Valentine's Day. I’ll cut the flowers you sent me. I’ll delete all your damned messages… And, well, you’ll never have your answers.    I think it’s not the most mature thing to do, but, this is what I wanna do, so… I’ll just shut up and keep on living. Cuz you just don’t deserve any word from me… You never deserved
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   Take away the clouds of the sky, I miss the sun light…
Tão diabólica e suave, a voz galantemente, disse-me: “Vá, vá !” E então, assoma-se, austera e feroz, outra que ainda me alerta: “Ah, se fores…” Cesso as palavras, não quero escutar ! Ah, eu preciso e tanto de alguém… Só lágrimas cruas vêm me abraçar, só lágrimas mas, digo que estou bem. Em meus passos tropeço, vou-me ao chão. Suplico, imploro, qualquer companhia, Então rogo, e clamo, estenda-me a mão… De risos e mágoas, fico a viver: O que sinto, não consigo escrever; E o que escrevo, não evito sentir.
O que eu julgava inocência era pura… Malandragem. Eu achei que fosse eterno, mas estava só de passagem… Quem culpar ? Ninguém controla o coração ! Tudo se esclarece quando se retoma a razão… Ah, como eu gosto de sorrir, torna mais fácil se viver… Andei pensando nele, sim, mas agora eu posso ver: O que eu julgava inocência era pura… Malandragem. Eu achei que fosse eterno, mas estava só de passagem… "Odeio quem me rouba a solidão sem em troca me oferecer verdadeiramente companhia". Nietzsche

Ela é tão…

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Apertável !

Still I think of you

Too lazy to talk, walk or think. Too lazy to get up, I’m so tired. My body is weak. My mind is sick. But then I think of you. Music seems so far away, feels like I have no rhythm, no melody. It’s all gray and yellow, all ugly, all buried in monotony. It’s getting harder to not going under, but then I think of you. I took my second best dream, the happiest, and made it turn sad. Sometimes I wish I could give up of all the rest, just like I had to give up of my dream. But then I think of you.
   O que seria daquele pequeno, sem os cuidados de sua auxiliadora ?    Abateu-se, tantas vezes desacertou. Tempestades vorazes, que demonstravam ser intermináveis, o atingiram. E desta mesma forma, foi perdoado, acolhido, amparado. Sempre escorado por ela, severa como que espartana, o situava e nada em troca recebia.    Ela buscava a felicidade na felicidade dele. Ele buscava sua felicidade em outras diretrizes, em outros caminhos. Conviviam em harmonia, encontravam-se com elegante satisfação. Ele também a socorria, quando suas forças assim permitiam.    Entretanto não era sempre que ele reconhecia toda a diligência, todos os cuidados que ela tinha com ele, tantos prazeres que ela abrira mão por ele. Não era sempre e, cada vez mais, minguava sua gratidão.    Ela cobrava, pedia, implorava, quando não, exigia.    Não sei dizer o que, ao certo, acontecia, mas todas as vezes que ele tentava partir, percebia que, sem ela, estava fadado a errar por esses cantos afora. Ela o ch

And we still feeling guilty for you…

  Think about what you’re saying. You’re a monster.   You’re digging your own hole, you’re becoming negligible to all us.   How can you do this with the only people who really love you ? Yeah, they love you, even you hurting them all the time, they still loving you.   You’re so selfish. I’m ashamed of you. Sometimes I feel like I just can’t like you anymore. Sometimes I feel bad for it, sometimes I only feel angry.   You have no idea of what life is, you still thinking you are the best person of the Earth, because you’re super smart. I admit, you’re smart. Smart and oportunist. You learn lots of things every day, but you never learn how it’s like to be good. It’s just out of you to be a honest person. You’re only kind when you know it’s appropriate. You’re detestable.
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   Coita.    Monotonia.    Ânsia.    Esta semana foi deveras extenuativa. Já em seu segundo dia, não tinha ânimo para olhar-me no espelho. Não tinha paciência para dizer bom dia. Não tinha forças para dizer boa noite.    Algumas noites, não dormi. Alguns dias, nem vi passar.    Ausência. Devaneios que não consigo impedir. Impotência.    Lágrimas inopinadas, não consigo mais prevê-las.    Raiva. Sim, raiva. Ah, como foi difícil suportar certos rostos durante esta semana. Ignorantes, hipócritas !  O pior é ter que me reprimir, me repreender. Emudeço para não gritar, pra não brigar. Me afasto. Me perco na música, pra não deixar o rancor me matar. Obedeço, ignoro, torno-me invisível, pois é preciso... É preciso continuar vivendo.

Viver Não Dói

Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram. Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz. Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projecções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade. Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as h
   Um rangido pavoroso foi emitido pela porta de madeira oca ao ser aberta. A lâmpada estava queimada.    As janelas soltaram gritos esganiçados para melhorar a iluminação, mas pouca luz entrou. O dia estava nublado, como sempre.    No teto branco, uma mancha amarela, uma bolha estourada, rachados, ruínas. Ah, como eu amava este lugar… Como ele se tornara esta visão tão sombria diante dos meus olhos ?    Cada teia de aranha espelha uma memória. O cheiro, o sabor, cada sensação de como tudo costumava ser, antes de se tornar apenas lembrança, apenas passado.    O tempo foi vagarosamente devorando as paredes de concreto. Quase não restavam telhas na cobertura. Quase não restavam vidros na janela, nenhum estava inteiro, na realidade. Poeira. Muita poeira. Pude me lembrar vagamente da cor verdadeira do piso, observando dentro do contorno deixado pelo tapete, uma vez que este foi movido para a esquerda.    O ventilador girava manco e sem pressa no teto, ainda estava demasiadame

Calepino

Faltam-me forças, não posso falar Que olhos cansados, não conseguem ver Membros atados tentam descerrar Mas o que é segredo, sempre vai ser Nesta fuga mórbida permaneço Meus gritos que soam tristes retumbos E neste enlace sórdido estou preso Lábios cujo sabor remete ao chumbo Ah, meu coração, que vive em penúria Que só assiste o tempo e sua fúria Encarcerado por não esquecer Ah, quero ir embora, quero partir Ser apenas um, deixar de mentir E este calepino meu, esconder
   Tronco robusto, galhos compridos, de folhas bem distribuídas, que à noite acariciam a Lua e cativam estrelas, cujo brilho é remetido às delicadas flores cor-de-rosa, de miolo amarelo-canário, que neles se abrigam. Galhos que perdem-se no escuro, transbordante de sonhos vadios, que invadem o mar, inconsequentes. Galhos que se agarram às pesadas nuvens que trazem chuva. O orvalho provoca cócegas, e ao longe, uma vista que nos faz pensar que foram todos lubrificados, tão lustrosos que são.    Em suas proximidades, um perfume vívido e feroz contrasta com a frágil aparência de suas flores e frutos miúdos, impregna os ares, irrompe os pulmões, adoça os lábios enquanto faz arderem os olhos.    Sua enorme sombra, de seu tronco tão vistoso, é dissemelhante, ímpar, gélida, e não permite que nada cresça nos seus arredores; rodeia sua beleza sozinha, acompanhada apenas da terra úmida, pastosa, escura e imprevisível. Há muito que a grama espessa não toca suas portentosas e elegantes raízes.
   O riso é tão fácil, é tão simples, tão espontâneo quanto estou perto de ti. Cheira a perfume doce, com uma leve fragrância de metal ao fundo. É como abarcar a maciez em si, uma pena, um fio de fumaça de incenso. Sua tonalidade, verde musgo, jamais fora tão bela.
   Prefiro ensandecer, sucumbir devido às minhas sensações, a viver sem comoções.    A ausência da dor deve ser mais que agradável. Porém, é preferível sentir dor a não sentir absolutamente nada.    Não há nada mais incômodo do que a indiferença, ainda que a mesma seja deveras cômoda. Fitar-se sangrando e nada sentir.
Dê-me sua voz. O doce timbre do seu falar. Dê-me seus olhos. Seu jeito suave de olhar. Dê-me sua mão. Deixe-me fazer o tempo parar. Dói, Amor, de tanta saudade, Tanta saudade de você… Dói, Amor, de tanta vontade, Tamanha vontade de te ver… Dê-me seus lábios. Viverei para vê-los um sorriso tecer. Dê-me sua pele. Sinta-me ao me aquecer. Dê-me seu amor, e ajude-me a não deixá-lo adoecer. Dói, Amor, de tanto sonhar, De tanto esperar e você nunca chegar. Dói, Amor, dói ter que calar Cada suspiro ao te ver passar.

Somewhere - Within Temptation (Feat. Anneke)

Lost in the darkness Hoping for a sign Instead there is only silence Can't you hear my screams? Never stop hoping Need to know where you are Cuz one thing is for sure You're always in my heart I'll find you somewhere I'll keep on trying Until my dying day I just need to know Whatever has happened The truth will free my soul Lost in the darkness Try to find your way home I want to embrace you And never let you go Almost hope you're in heaven So no one can hurt your soul Living in agony 'Cause I just do not know... Where you are I'll find you somewhere I'll keep on trying Until my dying day I just need to know Whatever has happened The truth will free my soul Wherever you are, I won't stop searching Whatever it takes, Need to know I'll find you somewhere I'll keep on trying Until my dying day I just need to know Whatever has happened The truth will free my soul
   Você quer ser o responsável pela minha queda ?    Quer ser a mão que ajuda a me reerguer ?    Você me abraça com um desejo de morte, mas eu fico grata por me abraçar.    Eu evito olhar pra você.    Disfarço quando você parece me notar, pois não quero te motivar a me olhar     também.    Você mexe com a minha cabeça.    Sua pele tem a textura exata.    Quem é você ?    De onde você veio ?    Como viveu até aqui ?    Como pretende continuar vivendo ?    Com quem você sonha enquanto eu sonho contigo ?    Você me preenche completamente, porém, o lugar que você realmente deveria     ocupar é ocupado por dor, dor e lágrimas, por outra pessoa.    Eu penso em você, eu te vejo e gravo cada momento.    Eu queria poder me aninhar em seu peito.    Você não existe.    Eu te criei, e você me ignora.

Please…

Please, don’t look at me Please, just promise me That you won’t promise me anything Please, don’t think of me Please, don’t count on me ’Cause living this way made me too weak Please, just leave me here Please, don’t disapear All this silence makes me sick…
I've been following Each one of your footsteps. I've been loving Everything about our mess I've been waiting Looks like an eternity… I'll keep praying So, someday, you will be with me ! I've been doubting Wondering if our love is real. Now I'm feeling Something I'm not used to feel. I'm just trying Trying hard to be strong and live Cuz that day is coming The day you'll have to let me leave. I've been crying And never felt this way before. I've been suffering But, somehow, i stood and wanted more. I've been lieing These scars, I have to hide. I'd like to be dieing You won't be forever mine…
   Alimentava-se quando ele dormia. Saciava-se de sonhos e pesadelos. Deliciosos eram todos, tornavam a noite menos negra, menos sombria. Os sonhos dele afugentavam a solidão.    Ele vivia se escondendo detrás de suas máscaras caseiras. Belíssimas, ele iludia e era iludido. Ele fantasiava loucuras dentro de si, onde ninguém poderia ver. Rabiscava qualquer coisa secreta num papel e jogava-o fora quando se viravam. Ele demonstrava ser vários, mas não era nenhum. Ele vivia em sua rotina de aventuras monótonas, e encontrava conforto em poder sonhar, na privacidade de sua intimidade, ele era todos os “nenhuns” que não podia ser exteriormente. Ele era tudo o que ele era sem as máscaras, sem adornar-se, sem rebuscar-se, sem temer a interpretação que outras pessoas fariam sobre ele.    Em seus sonhos e epifanias, ele era o tal. Em suas fantasias, ele era do mentiroso até o confidente, namorava com a moça que lhe servia o café de todas as manhãs, criava um casal de cães de raça, e, o mais

Desatino

De cada desejo obscuro, migalhas, Pedaços de um eu tão contraditório. Sonhos perdidos, ocultas estradas, Restos do meu deslize infamatório. Em cada passo, certezas roubadas; Em cada canto, pende uma ilusão; Errantes valores, asas quebradas Na fuga incessante da solidão. Perdi apenas por que temi perder, Tento ignorar, tento não ensandecer, Não ser nada além do que podes ver. Um riso esquecido, boca calada. Fecho os olhos e me vejo afogada Em meio a figuras desatinadas…
   Eu não quero falar. Por tantas vezes eu respondia com toda sinceridade, e falava e falava, sobre meus problemas e aflições, pois eu precisava.    Mas, de que adianta falar ? Eu já nem sei mais que palavras usar. E ninguém sabe o que dizer pra mim.    Eu não vou mais incomodar ninguém, é inútil.

"Loving you feels like a kick in the balls..."

   Eu já escrevia para você, antes mesmo de saber escrever. Inventei um alfabeto exclusivo e com ele lhe escrevia dezenas de cartinhas, todos os dias.    Depois de alfabetizada, eu continuei escrevendo, e você já não precisava mais que eu “traduzisse” o que eu queria dizer. Desenhos pessimamente coloridos e uma caligrafia lamentável empregados em pedaços de papéis amassados, que hoje recheiam suas gavetas, embatumando-as.    Quanto tempo faz desde a última vez que escrevi para você ? Por que eu passei tanto tempo sem escrever ?    Acho que eu nunca tinha algo pra te dizer realmente. Eu começo a escrever, e as palavras somem. Silêncio. Vazio. E, sempre que abro minha boca com sinceridade, também o faço com gana, minhas palavras saem cruas, saem pelas metades, inexplicáveis, e eu machuco você, e empilho mais um pouco de arrependimento sobre minhas costas. Entre falar e me arrepender, e o silêncio, eu prefiro o segundo. Fico quieta, então. Calada e inexpressiva.    Contudo, ago