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Mostrando postagens de julho, 2011
Alegria, ou coisa do gênero, astenia... Atulhado de rascunhos, e nenhum ultimado, jaz despido este amuado de miragens retardadas pelo emudecer dos dedos, talvez pela percepção, incerta, dos olhares irrompedores que as encaram, as miragens, percucientes. Saciados da lassidez ingrata, os ditos saem defeituosos, os textos ficam inacabados e escusos. Repulsão, solver as lamúrias, basta... (faltam-me os pontos corretos) Entretanto, o contentamento cresce pacato, com desajeitada graça ditosa, e é em si, taciturno, pelo silêncio, tão penoso, que impõe à minha escassa escrita. As palavras que agora procuro, não existem.
Não era impossível, poderíamos ter aproveitado a ventura de partilhar uma felicidade feita unicamente por nós, independente de quanto tempo durasse essa condição. Da vontade de que nós nascêssemos, você nos matou. Sádica, lúcida - é hostil o meu afastar das lágrimas que, hoje, você diz chorar, tentando revigorar-nos, arraigando-se ao nosso lado "quando ao lado ainda é muito mais longe que qualquer lugar"...
Não tem mais nada, só fumaça Que me agarra, que me escapa Não tem mais nada, só você Que chegou tarde demais... Não tem mais nada, só o romper De um outro dia, em outro cais
Não só as mágoas das palavras derramadas, não ! Mas um riso, benquisto, mudo, ínscio de rimas... Um riso repentino, decorrente do desagarrar dos sopros contíguos, antigos, iníquos, que apartavam-no... De mim. Sopros delusórios, de lábios remontados. É verdade, não existem mais, por isso, porém, não somente isso... Sorriso, sorrisos. Um riso, um, artigo indefinido; um riso para acompanhar o enleio da emancipação sentida ao descobrir-me: a alma do poeta que matei.

Exício

Vá sorrindo, sem olhar pra trás, Passa o rio e, senhor, ninguém mais Verá as máculas de sangue... E sua mão num gesto de adeus, Descambada sobre os passos teus, Submergiu em um instante... Seus olhos vítreos vislumbravam Planos que viveram e deixavam, Devorados, impotentes... Feroz, seu sorriso de cor púrpura Rasgava-se com baldadas súplicas, Consumido na torrente...

Prosaico

Minhas palavras me abraçam e me aninham e me amam com um amor que não cabe a ninguém. Minhas palavras são minhas e brincam comigo: mostram-se, provam que existem e somem quando as procuro. Ocorre que sinto-me nula. Muda. Sinto-me, na verdade, banal. Tantos outros ! Sofremos, sofremos da mesma inquietação, do mesmo mal, da  mesma moléstia. Estamos - e este é o dano dos danos - em todos os cantos, estamos, metidos em nós mesmos e partilhando... Nadas e nadas, dores inválidas que só servem, de verdade, a nós mesmos. Usualmente, via em um estranho qualquer um qualquer pedaço de mim. Sentia-me, em parte, compreendida.    Porém, ao tentar escapar -me , modificar-me, não pude. Sinto-me mal, sem saber onde estou ou fico, de tanto ver-me, já não enxergo mais, pois as palavras que me abraçavam, as minhas palavras que me abraçavam, a outros não puderam fazê-lo... A outros, não sabem fazê-lo. Quisera ensiná-las, agora que sei e sinto, palavras de um estranho qualquer, sem qualquer nada de mi

Mrs. O - The Dresden Dolls

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Oh mrs. O Will you tell us where the naughty children go Will you show How the sky turned white and everybody froze Heaven knows how they got into the fireplace But everybody's saying grace And trying to keep a happy face And oh mrs. O Can you teach us how to keep from getting cold Out we go and you watch us as we face the falling snow What a show with our hairdryers aimed heavenwards And fifty foot extension cords You really have a way with words The truth won't save you now The sky is falling down Watch the vultures count the hours April trains may bring strange showers And oh mrs. O Will you tell about the time they made you go All alone to the palace where they took your only clothes We all knowThere's no hell and no hiroshima Chernobyl was a cover up The world is really all in love ! Oh mrs. O Will you leave us hanging now that we are grown Up and old Will you kill me if i say i told you so We all know There's no hitler and no holo
"Promessa é dívida". Você prometeu ser minha. Pra sempre. Ainda que tenha sido uma promessa não feita por palavras, e sim por gestos. Você prometeu. Cumpra.
And I swear, just now, I saw a sunbeam...
" Lembranças são como cadáveres de afogados que repentinamente emergem de águas obscuras para amedrontar àqueles que ingenuamente ousaram afastá-las da incerteza de suas vidas ". Irremediável. Sinto-me em um filme de horror, sinto o sangue nos olhos... Nos olhos que me prometem a verdade. Vejo-me atada a este vício de buscar conhecer-me, sem querer resgatar-me do torpor que me envolve... Um coma em inércia. Diante do primeiro ato hesitante, irremediável resignação. Estou cansada de escrever "embargada pelo medo"... E estas lembranças, eu sei, são muitas, são tantas e não puramente exclusivas... Não há habilidade capaz de restringi-las. Fazem sofrer deveras, de fato, mas eu... Não posso evitá-las, e o porvir, amordaçado, desde sempre cativo de fados e sinas, donos de tal vocação ao fracasso, me tem amedrontado simplesmente aquém do que o usual, mediante as imprudências e contradições que li e ouvi... Sim. Tais trocas de ideias que me levam junto ao... Ao nada. Que
Aquela frequêcia esvaiu-se... As palavras são as mesmas, sempre... Sempre. Ele.. Ele tirou-lhe tanto, meu bem. É tão cruel, é tão injusto... E você ? Você se encontra em algum canto dessas rejeições e abandonos ? Você se enxerga aí ? Está longe, está fora das mãos que lhe querem protegida, protegê-la...
Sometimes you scream 'cause there is no one to hear. You scream wishing you could whisper... Low... Softly... You scream searching for the words. And they never come, what a pity . So if you can't remember your name, you just know: you failed. And the mirrors that you pasted to hide those... "scars", only highlighted your vacuities.