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Mostrando postagens de agosto, 2011
Silhouettes on the street Side out the window, watching me Silhouettes, they... Seem so familiars Winter took away those leaves Silhouettes are following me And under their steps I can see I count... Lost flowers Wind whispers While whispers It's so cold... Silhouettes which thirst is blind Shadows which life was denied Silhouettes, they... Quiet quietly rise up
...E a grande pergunta: "medo de quê ?" É medo dessa dúvida, medo de entender que o beijo embaixo da árvore foi mesmo o último a acontecer - Que toda nossa tempestade fez a árvore adoecer.
Meu desacerto equivocado, pouco mais, leiga metáfora, nada mais, tola e adiáfora... Adiável. O desacerto equivocado decerto, foi reformado - quiçá, fluiu acertado. Um descuido exibe-se tarde: ao despertar e encontrar-te sem saber como, sem saber onde; Pela agonia de querer correr e encontrar um abismo defronte - a ausência de um rumo a tomar; No ímpeto de saltar sem conhecer a queda iminente, a ruína certeira salva à alma de ventanias derradeiras. A direção é dizer o inútil pois a estupidez calou a verdade; é tragar os minutos, é ceder à vaidade. A direção é a fenda, é a falha. A direção é a venda, é a navalha. A direção é não ensinar por desconhecer a própria ciência. A direção é a anestesia, a direção é a desinência; é o ato de envenenar-se por antropofagia.
   Mas, esteve sempre alheio, alheio a mim - todavia, bem menos que eu.  Em tudo (busque melhor palavra),  iniciava-se com uma negativa - os pronomes dos quais fugia, um assombro ou uma sombra -, iniciava-se de maneira esquiva, e esquivando esgueirava-se até o fim. Findava-se no começo, começava-se pelo fim, fazia-se escondido... Enfim.    Num improviso devoluto, com a tentativa de adivinhar o que se passou no começo olvidado, quando o viver está atrasado, que deixa fugir o que estava a dizer - e o começo vem depois do fim, e o fim anuncia-se prematuro.. E, esteve sempre alheio, recôndito num escape implacável de si. Um desatino, ou antes, uma metáfora encarnada... É ? Pois uma crua avaliação desvela um fim mal começado, e um começo mal acabado.
   Não cabe dizer, narrar a célere e torpe viagem que aqui me trouxe - porquanto não posso afirmar se foi viagem, se foi vertigem... Não cabe dizer o que de mim fizeram, apenas o que pode ainda ser feito com o que, agora, sou eu, com o que permaneceu, pois ainda há... Há o que fazer. Uma torrente pujante, de otimismo, decerto.    Talvez o mal esteja no mirar saudoso com que me dirijo aos devaneios volvidos. Talvez partilhe desse mal o cárcere imposto sobre mim, por todas as portas estarem abertas; a limitação nata da liberdade interminável... Observar todas as expectativas e possibilidades cria em mim o medo de sentí-las e toma-me... O tempo para vivê-las - até o despertar. As obviedades que me envolvem pelas vedas deste cárcere não correspondem mais às minhas percepções. O infindo solilóquio que vinha me guiando começa a silenciar, calando minha alma no escuro e...   É um encanto, é uma candura, que enfim, não cabe dizer.
   Não há glória na maneira como aligeira os passos para esquivar-se dela. Sua (de) cadência sobreposta à evasão covarde, cruel, estúpida, o faz atropelar-se e deixar porções suas pelo caminho, que nos encaram com meias verdades e ressalvas de que jazem ali, além das inumeráveis possibilidades do que você pode ser e das controvérsias a respeito de quanto de você realmente se encontra ali e podemos enxergar, incontáveis desacertos.    O prateado álgido da lua, o prata de sua louça, com a qual (alenta-se ?) devora o ânimo daquela que sacia, com o lodo que sua existência deixou, a sede que você despertou e não se mostra digno para matar.    Não se acha digno para matar ? Fraco. Que o castigo prometeico, fado dos que deixam a humanidade que carregam no imo esfacelar-se em brandura e afeto, dos que adornam o perigo de deixar-se guiar por mãos de outrem, conscientes do falsear alheio que trespassa brios, dos que sucumbem todos os dias, mas tornam a encarar a dor que lhes é cometida, é a ún
   Não era um violão, era só uma vassoura, mas deixa, que fazer alguém chorar nesse dia seco é quase um atentado. Além disso, num dia seco, uma vassoura nunca é só uma vassoura - também não um violão, mas...    Na verdade, nada tem só uma acepção em um dia seco, como rasgar os lábios desidratados, para sorrir. Algumas coisas, inclusive, valem por várias o ano inteiro; quem poderia, por exemplo, limitar o sentido de dizer que, desde que você - isso virou um monólogo e é tudo culpa sua - apareceu, escovo os dentes fazendo uma turnê pela casa ? Ou, simplesmente, limitar o sentido de agir assim ?    Agora é pensar, que não consigo mais dizer nada enquanto não buscar minhas roupas de volta - disse que estaria nua -, e perceber sua distração: enquanto você se cala e enxerga nesse dia seco, o mundo, menos o que realmente deveria enxergar - você -, eu vou dormir. Então, me acorde quando quiser dizer boa noite.
   Dizer, com precisão, quando nos apartamos, não sei. Não foi repentino, não nos agravou nenhum distanciamento súbito, foi devagar... E agora, só o que posso atestar é que você não está mais... Aqui.    Sobre adormecer... Temos feito, com exímia igualdade. Talvez, tenhamos perdido a hora de acordar. Ademais, você se pergunta, se nós ainda queremos acordar ?    A maior parte de minhas certezas apoiavam-se em você, aqui. É com aflição que as fito, abatidas, sobre o chão, misturadas a folhas secas, agora que não se encaixam mais na pessoa que você se tornou. Em quem nós nos tornamos ?    Não lhe culpo, eu sei, não é certo. O intento de escrever procede somente desta mágoa que não consigo afastar... E, pra onde quer que eu olhe, há uma situação semelhante, então, talvez, eu já tenha me acomodado. Acho que temos um pouco disso, de deixar pra lá, às vezes.
   Se a vontade for calar, não dizer, deixa, que eu prezo as virtudes dos momentos mudos, quando juntos. Difere, porém - aqui, uma célere rubrica -, quando a mudez deriva do apartar de nossos âmagos.    Meu querer, ainda que não questionado, consiste no abrigo dos ditos que pedem para serem ditos sob uma serenidade digna do matinar da alvorada, que clamam remanso para nascerem e a ausência de um ensejo. Destarte, neste gesto tácito, sem que possas escutar-me; com este leito que enquadra tudo o que não cabe no estreito de nosso desvelo, deixo-te com meu ar pueril para que saibas, que és querido.
Lares apagados. Pra quê tanto frio, me diz ? Eu sei. Certo, não comecemos com "eu", mas com você.   Você me faz saber... Como é... Buscar, em desalento, o que dizer, enquanto assisto aos últimos restos de palavras fugirem. E a agonia ? Não digo nada... Nada, para adornar o seu silêncio, nada. Aliás, obrigada. Obrigada por me fazer sentir assim. (Sinta minha feição desarticulada ensaiando mutilar-lhe a vaidade)
   Soía sã, imo seguro que os passos que a mim conduziam, convictos a apartarem-se, decerto conheciam o caminho. Perderam-se todavia, fascinados, da solidez. Pela conjetura, a qual este silêncio reverencia, apanho as vestes e a ideia de que, o figurar-me, sempre, solitude, solitude de mim, faria sempre, soledade, contínua, seria. Seria...    O receio de extinguir o lar seguro, soa burro - sobrevive-se de uma ou outra maneira, afinal. A estesia repetida faz-se nova - é possível ? - e destemida a apostar em acidentes. Nas venturas impresumíveis, nos enigmas estéreis.. Estéreis, impossíveis pela linguagem, porém sem indícios de serem, de fato.    Quede enleio veterano no íntimo do âmago, a transpor-se sobre tudo ? Um medo mascarado resta, obstinado a permanecer escondido e convence-me ser fictício... Não me afligem a agonia imposta pelos gracejos súbitos e arrebatadores de inépcias, nem a angústia de não saber lê-lo... Mas existem. É inegável, como existem. Reina fleuma que faz doer, e
   Sorria. Lá fora o tempo não fazia a menor diferença. Chovia ? Sorria. Diante da futilidade de sua existência humana, sorria à carta atrasada - tanto tardou que havia decidido não entregá-la -, sorria à banalidade de ser quem era e gostava assim, pueril, medíocre, sorria.    Sem muito interesse, os olhos ventavam sobre as flechas que jaziam próximas e, tímidas, beijavam-lhe os pés, natas da ofensiva do inimigo. Os olhos ventavam, o peito sorria.    A carta. Transbordava, moldada em paráfrases, vírgulas e vírgulas e a mesma ideia fatigada apresentada, toda vã, em sua dinâmica de inverno.    Sorria. Frente ao encanto da folha transparente. Frente ao enlevo de encontrar-se vazio.