Não há glória na maneira como aligeira os passos para esquivar-se dela. Sua (de) cadência sobreposta à evasão covarde, cruel, estúpida, o faz atropelar-se e deixar porções suas pelo caminho, que nos encaram com meias verdades e ressalvas de que jazem ali, além das inumeráveis possibilidades do que você pode ser e das controvérsias a respeito de quanto de você realmente se encontra ali e podemos enxergar, incontáveis desacertos.
   O prateado álgido da lua, o prata de sua louça, com a qual (alenta-se ?) devora o ânimo daquela que sacia, com o lodo que sua existência deixou, a sede que você despertou e não se mostra digno para matar.
   Não se acha digno para matar ? Fraco. Que o castigo prometeico, fado dos que deixam a humanidade que carregam no imo esfacelar-se em brandura e afeto, dos que adornam o perigo de deixar-se guiar por mãos de outrem, conscientes do falsear alheio que trespassa brios, dos que sucumbem todos os dias, mas tornam a encarar a dor que lhes é cometida, é a única boa ventura da condição humana. Fraco, que o viver genuíno reserva-se para os que morrem e não para os que matam.

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