Você quer ser o responsável pela minha queda ?
Quer ser a mão que ajuda a me reerguer ?
Você me abraça com um desejo de morte, mas eu fico grata por me abraçar.
Eu evito olhar pra você.
Disfarço quando você parece me notar, pois não quero te motivar a me olhar também.
Você mexe com a minha cabeça.
Sua pele tem a textura exata.
Quem é você ?
De onde você veio ?
Como viveu até aqui ?
Como pretende continuar vivendo ?
Com quem você sonha enquanto eu sonho contigo ?
Você me preenche completamente, porém, o lugar que você realmente deveria ocupar é ocupado por dor, dor e lágrimas, por outra pessoa.
Eu penso em você, eu te vejo e gravo cada momento.
Eu queria poder me aninhar em seu peito.
Você não existe.
Eu te criei, e você me ignora.
...Sua diferença é uma anomalia. As palavras repetiam-se, incessantemente. E misturavam-se, embaralhavam-se, trombavam umas nas outras, arrumavam-se despropositalmente, num eco, num grama de cheiro de fósforo, que ela não perceberia se não lhe tivessem dito. Tremiam e misturavam-se também os elementos de sua paisagem. Se fechasse os olhos para organizá-los, dormiria. Nato de motivos que ela não procurou entender, receosa, um sorriso despontou, escondido em algum canto daquele murmúrio, e os olhos piscaram mais lentamente, querendo torná-lo mais vibrante, querendo sem querer.. Agora, não era mais nada. Ali, não havia mais nada. Quede... Consciência de hora, lugar e si mesma ? Não havia... Quando perde-se assim, e quando perde-se assim ? Conhece ? Este querer não encontrar-se nunca mais.. Porém, sua diferença... Era uma anomalia.
Conheço essa criatura ?
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