Desatino
De cada desejo obscuro, migalhas,
Pedaços de um eu tão contraditório.
Sonhos perdidos, ocultas estradas,
Restos do meu deslize infamatório.
Em cada passo, certezas roubadas;
Em cada canto, pende uma ilusão;
Errantes valores, asas quebradas
Na fuga incessante da solidão.
Perdi apenas por que temi perder,
Tento ignorar, tento não ensandecer,
Não ser nada além do que podes ver.
Um riso esquecido, boca calada.
Fecho os olhos e me vejo afogada
Em meio a figuras desatinadas…
Comentários
Postar um comentário