Talvez eu não devesse ter começado a me importar… Pelo menos, não tanto. Eu não consigo evitar, mas também não quero evitar… Mais do que simples desejo, te ter próximo de mim é uma necessidade.
Pode ser que não perceba, que não consiga ver, mas, seja em seus sonhos mais belos, seja em seus pesadelos mascarando seus medos, estou lá… Com tudo de mim, sempre zelando por você.
Talvez não sirva de nada, eu acho que não deve realmente fazer diferença… Os desejos de cuidar que eu tento não deixar transparecer, apenas por saber que não devo, não posso. Aliás, “talvez não sirva de nada”… Para você; eu não posso te proteger, nunca poderei, eu sei. Porém, fazer simplesmente o que eu posso fazer – rezar, lembrar, desejar – para o seu melhor, ainda que seja inútil, é uma das únicas coisas que me conforta, quase tanto quanto a sua presença em si. Eu não fico totalmente bem, mas sim o mais próximo de “bem” que eu posso estar… Graças a você e ao fato de eu poder, ao menos, pensar em você, quando você não está por perto.
...Sua diferença é uma anomalia. As palavras repetiam-se, incessantemente. E misturavam-se, embaralhavam-se, trombavam umas nas outras, arrumavam-se despropositalmente, num eco, num grama de cheiro de fósforo, que ela não perceberia se não lhe tivessem dito. Tremiam e misturavam-se também os elementos de sua paisagem. Se fechasse os olhos para organizá-los, dormiria. Nato de motivos que ela não procurou entender, receosa, um sorriso despontou, escondido em algum canto daquele murmúrio, e os olhos piscaram mais lentamente, querendo torná-lo mais vibrante, querendo sem querer.. Agora, não era mais nada. Ali, não havia mais nada. Quede... Consciência de hora, lugar e si mesma ? Não havia... Quando perde-se assim, e quando perde-se assim ? Conhece ? Este querer não encontrar-se nunca mais.. Porém, sua diferença... Era uma anomalia.
Lindo, como tudo e qualquer coisa que você escreve. Aiai, tão cheio de sentimentos!
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