Tão diabólica e suave, a voz
galantemente, disse-me: “Vá, vá !”
E então, assoma-se, austera e feroz,
outra que ainda me alerta: “Ah, se fores…”
Cesso as palavras, não quero escutar !
Ah, eu preciso e tanto de alguém…
Só lágrimas cruas vêm me abraçar,
só lágrimas mas, digo que estou bem.
Em meus passos tropeço, vou-me ao chão.
Suplico, imploro, qualquer companhia,
Então rogo, e clamo, estenda-me a mão…
De risos e mágoas, fico a viver:
O que sinto, não consigo escrever;
E o que escrevo, não evito sentir.
...Sua diferença é uma anomalia. As palavras repetiam-se, incessantemente. E misturavam-se, embaralhavam-se, trombavam umas nas outras, arrumavam-se despropositalmente, num eco, num grama de cheiro de fósforo, que ela não perceberia se não lhe tivessem dito. Tremiam e misturavam-se também os elementos de sua paisagem. Se fechasse os olhos para organizá-los, dormiria. Nato de motivos que ela não procurou entender, receosa, um sorriso despontou, escondido em algum canto daquele murmúrio, e os olhos piscaram mais lentamente, querendo torná-lo mais vibrante, querendo sem querer.. Agora, não era mais nada. Ali, não havia mais nada. Quede... Consciência de hora, lugar e si mesma ? Não havia... Quando perde-se assim, e quando perde-se assim ? Conhece ? Este querer não encontrar-se nunca mais.. Porém, sua diferença... Era uma anomalia.
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