Uma lástima ? Sua ausência. Por que tão pungente ? Por que tão atroz ?
Eu não queria… Deixar transparecer que meus dias passam como séculos (tão real, tão clichê); que o nascer do sol já não me encoraja a levantar da cama; que entristece-me tanto, tanto, sua falta; que o sol em si não me é belo, não é nada mais que um lugar-comum; que tudo, que o mundo, aliás, não é nada além de um lugar-comum, um infindo lugar-comum, se sua presença não se faz em meus dias…
Eu não queria, mas, tanto penso, que escrevo.
...Sua diferença é uma anomalia. As palavras repetiam-se, incessantemente. E misturavam-se, embaralhavam-se, trombavam umas nas outras, arrumavam-se despropositalmente, num eco, num grama de cheiro de fósforo, que ela não perceberia se não lhe tivessem dito. Tremiam e misturavam-se também os elementos de sua paisagem. Se fechasse os olhos para organizá-los, dormiria. Nato de motivos que ela não procurou entender, receosa, um sorriso despontou, escondido em algum canto daquele murmúrio, e os olhos piscaram mais lentamente, querendo torná-lo mais vibrante, querendo sem querer.. Agora, não era mais nada. Ali, não havia mais nada. Quede... Consciência de hora, lugar e si mesma ? Não havia... Quando perde-se assim, e quando perde-se assim ? Conhece ? Este querer não encontrar-se nunca mais.. Porém, sua diferença... Era uma anomalia.
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