Não sei se já postei isso aqui, ou se já postei algo parecido… Eu estava remexendo uns cadernos velhos e achei... Não tem data, deve ser de 2009, ou do começo de 2010.
Não quero ser fria,
Eu quero sentir
Nostalgia
Ou vontade de sorrir,
Arrependimento,
Vontade de voltar no tempo,
Ou ter a graça do torpor do esquecimento…
Que não seja mais do que lamentação,
Mesmo que não me traga nada além de dor,
Eu jamais poderia viver em vão,
Viver uma vida sem amor…
...Sua diferença é uma anomalia. As palavras repetiam-se, incessantemente. E misturavam-se, embaralhavam-se, trombavam umas nas outras, arrumavam-se despropositalmente, num eco, num grama de cheiro de fósforo, que ela não perceberia se não lhe tivessem dito. Tremiam e misturavam-se também os elementos de sua paisagem. Se fechasse os olhos para organizá-los, dormiria. Nato de motivos que ela não procurou entender, receosa, um sorriso despontou, escondido em algum canto daquele murmúrio, e os olhos piscaram mais lentamente, querendo torná-lo mais vibrante, querendo sem querer.. Agora, não era mais nada. Ali, não havia mais nada. Quede... Consciência de hora, lugar e si mesma ? Não havia... Quando perde-se assim, e quando perde-se assim ? Conhece ? Este querer não encontrar-se nunca mais.. Porém, sua diferença... Era uma anomalia.
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