E então, chorou. E que choro puro e sofrido !
   Só deu tempo pra eu pedir desculpas pelo meu atraso usual. Agradeceu-me por ter vindo e foi andando até um canto, já com os olhos úmidos e então, sem querer, eu fiz aquela pergunta que tanto odiava que eu fizesse, foi um extinto, não pude evitar… De qualquer forma, não acho que tenha escutado, ou escutado de verdade para se importar e se zangar, não acho que tenha feito diferença, bem como a minha tentativa dar-lhe qualquer abraço: não queria abraços, queria somente chorar. E chorou.
   E ao ver sua expressão, intuí a razão de seu pranto. Havia somente um motivo que, algum dia, poderia fazer com que chorasse daquela maneira, sua dor desesperada.

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