Não é como se eu sentisse que te conheço há muito, muito tempo. Não é como se eu precisasse de você, ou te desejasse de fato. Não é como se eu tivesse me apaixonado perdidamente por você desde o primeiro momento que te vi. Eu acho que não estou nem minimamente apaixonada, de qualquer forma, ainda que esse sentimento exista, não poderia ser forte.
Porém, aquela voz miúda que, por vezes, cresce dentro de mim, aquela que grita histericamente “Olha o foco !!”, a mesma que adverte “Vai dar merda…”, agora indaga, somente indaga: “Por que não ?”
Me deu vontade de sorrir agora… É… Por que não ?
...Sua diferença é uma anomalia. As palavras repetiam-se, incessantemente. E misturavam-se, embaralhavam-se, trombavam umas nas outras, arrumavam-se despropositalmente, num eco, num grama de cheiro de fósforo, que ela não perceberia se não lhe tivessem dito. Tremiam e misturavam-se também os elementos de sua paisagem. Se fechasse os olhos para organizá-los, dormiria. Nato de motivos que ela não procurou entender, receosa, um sorriso despontou, escondido em algum canto daquele murmúrio, e os olhos piscaram mais lentamente, querendo torná-lo mais vibrante, querendo sem querer.. Agora, não era mais nada. Ali, não havia mais nada. Quede... Consciência de hora, lugar e si mesma ? Não havia... Quando perde-se assim, e quando perde-se assim ? Conhece ? Este querer não encontrar-se nunca mais.. Porém, sua diferença... Era uma anomalia.
É esses nossos "eu" dizendo oq fazer... E realmente se for pra valer algo se quer ...Por que não?
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