Ou talvez sejamos e não saibamos…
Estuante e quente, nada realmente faz sentido aqui. Parece que estamos existindo a esmo… E, de fato, estamos.
Talvez sejamos moldados sobre um fado: em algum momento, uma estrada nos levará, e nos levará, naturalmente, à felicidade. Como partes de um quebra-cabeça, no qual cada peça foi feita com o único intuito de se encaixar em outra perfeitamente; como as notas de uma música distribuídas com um ideal de harmonia. E, talvez, também esteja implícito em nós o desejo clandestino de simplesmente complicar, a capacidade de fazer absolutamente tudo o que não se deve fazer, de teimar em não permanecer onde se deve, desestabilizando e desvirtuando assim, todo o sistema.
Nós, talvez, sejamos burros demais para sermos felizes verdadeiramente por mais de um breve espaço de tempo. Talvez nós não sejamos felizes somente por não merecermos. Talvez não sejamos felizes porque não buscamos a felicidade, pensando que já somos. Talvez não sejamos porque não acreditamos que podemos. Talvez não sejamos felizes porque somos covardes. Talvez não tenhamos tempo para sermos. Talvez estejamos tão carregados de qualquer outra coisa, que já não existe mais espaço para nada, independentemente do quê.
No fundo, nós apenas não somos…
E ainda bem – felicidade não me traz inspiração.
Uhau! Você tem razão talvez sejamos burros demais, ou complicados demais, desmerecedores, ou nos falta tempo para sermos...Mas independentemente disso ainda podemos ter a esperança de acreditar que seremos, mesmo não plenamente se pudermos olhar as pequenas coisas que nos remete a tal felicidade já vale a pena.
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