Meu afeto fatigado, difuso
Junto a este pranto amargado, me iludo.
Submerso em dias, momentos defuntos,
Nosso amor, nosso acervo desconjunto,
Cultiva em mim o que me deixa lábil…
Lancinante, funesta, a atroz ausência
Conserva, efêmera, a sua presença,
Cultiva em mim o que me deixa frágil…
Meu fôlego escasseia-se em palavras,
Dou-as sabendo que estou a deixá-las,
Dou-as esperando que saiba amá-las.
Passam os dias, debalde lhe espero,
Sonho acordada, debalde lhe quero.
Debalde, lhe entrego um amor sincero…
...Sua diferença é uma anomalia. As palavras repetiam-se, incessantemente. E misturavam-se, embaralhavam-se, trombavam umas nas outras, arrumavam-se despropositalmente, num eco, num grama de cheiro de fósforo, que ela não perceberia se não lhe tivessem dito. Tremiam e misturavam-se também os elementos de sua paisagem. Se fechasse os olhos para organizá-los, dormiria. Nato de motivos que ela não procurou entender, receosa, um sorriso despontou, escondido em algum canto daquele murmúrio, e os olhos piscaram mais lentamente, querendo torná-lo mais vibrante, querendo sem querer.. Agora, não era mais nada. Ali, não havia mais nada. Quede... Consciência de hora, lugar e si mesma ? Não havia... Quando perde-se assim, e quando perde-se assim ? Conhece ? Este querer não encontrar-se nunca mais.. Porém, sua diferença... Era uma anomalia.
lindo... amei a primeira estrofe
ResponderExcluirUou..
ResponderExcluirpra variar, execelente!