Você me fez viver um câncer… Quando, me diga quando, o meu amor se tornou um câncer ?? You left me with no answer…
Onde está seu amor desmedido, que não posso vê-lo ? Não posso enxergar no escuro, desculpe-me se frustrei suas expectativas… Não o esconda de mim, não, nunca, jamais, tape meus olhos.
Já nem sei qual meu idioma, não me lembro como se respira. Não reconheço meu rosto. Quanto disto é culpa sua ?
Você está sempre se virando para ir embora, e passando por mim como se eu não existisse, você não consegue enxergar na luz ? Ah, que aflição mais supérflua, claro, não te vejo mais. Enxergo sua face, seu vulto, seu tudo, noutros corpos. Pobres outros corpos, medíocres, simples e simploriamente outros corpos, nada mais.
Será que você existiu, algum dia, ou eu inventei, sozinha, todo este drama ? caso sim, chamo-o então, melodrama. Meu fantasma, minha árvore de melodramas… E eu sempre preferi limoeiros, e ninguém nunca me perguntou.
...Sua diferença é uma anomalia. As palavras repetiam-se, incessantemente. E misturavam-se, embaralhavam-se, trombavam umas nas outras, arrumavam-se despropositalmente, num eco, num grama de cheiro de fósforo, que ela não perceberia se não lhe tivessem dito. Tremiam e misturavam-se também os elementos de sua paisagem. Se fechasse os olhos para organizá-los, dormiria. Nato de motivos que ela não procurou entender, receosa, um sorriso despontou, escondido em algum canto daquele murmúrio, e os olhos piscaram mais lentamente, querendo torná-lo mais vibrante, querendo sem querer.. Agora, não era mais nada. Ali, não havia mais nada. Quede... Consciência de hora, lugar e si mesma ? Não havia... Quando perde-se assim, e quando perde-se assim ? Conhece ? Este querer não encontrar-se nunca mais.. Porém, sua diferença... Era uma anomalia.
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