Existe algo crescendo mais e mais, e suscitando fortemente uma áscua em meu peito que eu não mais quero suster. A cada momento terminante, busco um meio de encontrar-me livre, mas livre não me encontro, estou crescendo e este angusto cárcere parece não me acompanhar, e somente estreitar-se e angustiar-me… Os tornozelos expostos ao céu, clamo por piedade.
   Vão-se vozes ! tormentos obsoletos.
   Levem-me de volta para quando o céu era tomado pelo arrebol, e nuvens pesadas não haviam para esconder o sol. Levem as lembranças e os sonhos, não quero mais mágoas, nem vidas, não quero mais querer e não querer…
   Velados os meus sorrisos, meus livros, meus suspiros enamorados da Primavera, ninguém jamais poderia tê-los tomado de mim… Não sei mais quem agora sou. Não sei mais quem agora subsiste em mim.

Comentários

  1. Poderia ler e reler quantas vezes fosse possível e todas elas diria: CARAMBA QUE COISA LINDA.E todas as vezes eu vou pensar : AI QUE MAXIMO EU CONHEÇO E CONVIVO COM A BELA PESSOA QUE ESCREVEU ISSO, QUE HONRA.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

A Saudade das Folhas