Existe algo crescendo mais e mais, e suscitando fortemente uma áscua em meu peito que eu não mais quero suster. A cada momento terminante, busco um meio de encontrar-me livre, mas livre não me encontro, estou crescendo e este angusto cárcere parece não me acompanhar, e somente estreitar-se e angustiar-me… Os tornozelos expostos ao céu, clamo por piedade.
Vão-se vozes ! tormentos obsoletos.
Levem-me de volta para quando o céu era tomado pelo arrebol, e nuvens pesadas não haviam para esconder o sol. Levem as lembranças e os sonhos, não quero mais mágoas, nem vidas, não quero mais querer e não querer…
Velados os meus sorrisos, meus livros, meus suspiros enamorados da Primavera, ninguém jamais poderia tê-los tomado de mim… Não sei mais quem agora sou. Não sei mais quem agora subsiste em mim.
...Sua diferença é uma anomalia. As palavras repetiam-se, incessantemente. E misturavam-se, embaralhavam-se, trombavam umas nas outras, arrumavam-se despropositalmente, num eco, num grama de cheiro de fósforo, que ela não perceberia se não lhe tivessem dito. Tremiam e misturavam-se também os elementos de sua paisagem. Se fechasse os olhos para organizá-los, dormiria. Nato de motivos que ela não procurou entender, receosa, um sorriso despontou, escondido em algum canto daquele murmúrio, e os olhos piscaram mais lentamente, querendo torná-lo mais vibrante, querendo sem querer.. Agora, não era mais nada. Ali, não havia mais nada. Quede... Consciência de hora, lugar e si mesma ? Não havia... Quando perde-se assim, e quando perde-se assim ? Conhece ? Este querer não encontrar-se nunca mais.. Porém, sua diferença... Era uma anomalia.
Nossaaaa...que lindo!!!Adorei:-)
ResponderExcluirPoderia ler e reler quantas vezes fosse possível e todas elas diria: CARAMBA QUE COISA LINDA.E todas as vezes eu vou pensar : AI QUE MAXIMO EU CONHEÇO E CONVIVO COM A BELA PESSOA QUE ESCREVEU ISSO, QUE HONRA.
ResponderExcluir