Tão densa, tão volumosa má sorte,
Intensa e, assim, repentina; morte,
Engole, faminta, em seus braços fortes,
Sonhos que sangram, fazem delirar.
Doces e plásticas epifanias,
Segredos; silêncio que abarca a vida,
Cala tamanha inocência perdida em
Simples ondas que retornam ao mar.
É assim que o dizem, como lhe definem,
Em austera inveja, apenas proíbem,
Julgando que podem lhe condenar.
Meu sonho, vício, desejo, irreal
Me consome em seu amor abissal
Contudo, em você, encontra-se meu lar…
...Sua diferença é uma anomalia. As palavras repetiam-se, incessantemente. E misturavam-se, embaralhavam-se, trombavam umas nas outras, arrumavam-se despropositalmente, num eco, num grama de cheiro de fósforo, que ela não perceberia se não lhe tivessem dito. Tremiam e misturavam-se também os elementos de sua paisagem. Se fechasse os olhos para organizá-los, dormiria. Nato de motivos que ela não procurou entender, receosa, um sorriso despontou, escondido em algum canto daquele murmúrio, e os olhos piscaram mais lentamente, querendo torná-lo mais vibrante, querendo sem querer.. Agora, não era mais nada. Ali, não havia mais nada. Quede... Consciência de hora, lugar e si mesma ? Não havia... Quando perde-se assim, e quando perde-se assim ? Conhece ? Este querer não encontrar-se nunca mais.. Porém, sua diferença... Era uma anomalia.
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