Chovem pingos quentes de nostalgia,
vão ao chão em singela melodia,
desabam com doçura e sintonia,
vêm afugentar a monotonia.

Chovem amores, vão descendo o ralo;
brisas salgadas no outono gelado.
Reinam as flores por entre o passado,
antes que chegue o futuro atrasado…

Antes que os pingos cessem e se calem,
que passado e futuro se acabem,
deixem os amores evaporarem…

Deixem, sim, perdurar a solidão,
deixem que se alastre a escuridão
de amarga perda, de doce ilusão…

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