Mirando o espelho, uma nova perspectiva sobre a sua ausência recorreu-me. Não houve abandono, pois nunca houvera companhia. Não se perde o que nunca se teve.
Enquanto a conformidade prospera, as enfermidades começam a sair do controle, abrigadas pelo silêncio, que, mais e mais, se impõe, cessando a histeria, suavizando a excitação gritante.
Você não pode ser isento de culpa, sodomizando meus sentimentos daquela forma. Eu persisto no mesmo erro, pois desconheço-o. Onde está ele ? Tão distante em meio tão obscuro, não consigo enxergá-lo, apesar de sentir sua fina e afiada navalha, cortando-me, perfurando-me, e sentir o sangue morno fluindo e correndo em minha pele gélida, fazendo-me arrepiar. Posso apenas observá-las, enquanto aguardo que cicatrizem-se.
...Sua diferença é uma anomalia. As palavras repetiam-se, incessantemente. E misturavam-se, embaralhavam-se, trombavam umas nas outras, arrumavam-se despropositalmente, num eco, num grama de cheiro de fósforo, que ela não perceberia se não lhe tivessem dito. Tremiam e misturavam-se também os elementos de sua paisagem. Se fechasse os olhos para organizá-los, dormiria. Nato de motivos que ela não procurou entender, receosa, um sorriso despontou, escondido em algum canto daquele murmúrio, e os olhos piscaram mais lentamente, querendo torná-lo mais vibrante, querendo sem querer.. Agora, não era mais nada. Ali, não havia mais nada. Quede... Consciência de hora, lugar e si mesma ? Não havia... Quando perde-se assim, e quando perde-se assim ? Conhece ? Este querer não encontrar-se nunca mais.. Porém, sua diferença... Era uma anomalia.
Palavras que penetram no mais profundo da alma, palavras que confortam, são lindas as suas palavras, é incrivel a forma como você descreve e vê as coisas. MARAVILHOSO NICS. BY: day
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