Ser escrito – ser sozinho.
Escrever é estar sozinho.
Escrever, eu faço rindo:
Amo prosear comigo.
Os segredos meus, eu grito.
Escrevendo, estou sozinho.
Ninguém vê que estou sozinho,
Ninguém lê estes redondilhos…
Encarnei tal desatino
Como se encara o destino;
Lutar contra estar sozinho
Não muda que estás sozinho.
Sigo a esmo este caminho,
Sem saber onde estou indo.
Ao fim deste canto frio
Sem meus versos, vou sozinho.
...Sua diferença é uma anomalia. As palavras repetiam-se, incessantemente. E misturavam-se, embaralhavam-se, trombavam umas nas outras, arrumavam-se despropositalmente, num eco, num grama de cheiro de fósforo, que ela não perceberia se não lhe tivessem dito. Tremiam e misturavam-se também os elementos de sua paisagem. Se fechasse os olhos para organizá-los, dormiria. Nato de motivos que ela não procurou entender, receosa, um sorriso despontou, escondido em algum canto daquele murmúrio, e os olhos piscaram mais lentamente, querendo torná-lo mais vibrante, querendo sem querer.. Agora, não era mais nada. Ali, não havia mais nada. Quede... Consciência de hora, lugar e si mesma ? Não havia... Quando perde-se assim, e quando perde-se assim ? Conhece ? Este querer não encontrar-se nunca mais.. Porém, sua diferença... Era uma anomalia.
Permanecer sozinho ou permanecer achando que está sozinho
ResponderExcluirE se meus espectros insistem por escapar dentre meus dedos ansiosos ou por minha voz trancafiada na garganta mutilada... Prossigo, prossigo... pois "Encarnei tal desatino
ResponderExcluirComo se encara o destino" Uau Nicole! Seu blog é insigne, céus... melódico. Obrigada por me visitar, sem dúvidas!E os elogios atribuídos também a ti. Beijo.
"que seja doce"...
ResponderExcluirbelos versos, poetisa...
lindos, sutis, quase embalam a alma (se é que já não o fazem)
beijos!