Por este momento, não sei mais quais intuitos ainda me trazem aqui, não sei o que estou fazendo. De repente, sentir ( o que quer que seja ) me parece apenas mais um disfarce calculado, uma lâmina com o propósito de ferir.
   O saber que não saberei, o que há por trás de teus olhos que não os deixa sorrir junto a teus lábios. Teus lábios… Ainda os sinto quentes próximos aos meus.
   Deixa-me inquieta tal injustiça, não a de desejar sem poder ter, mas o sentir… Que me angustia, que me preocupa e me traz mágoa… Importo-me. Sozinha, permaneço importando-me.
   – Teus passos articulam os meus – Teus passos quase tocam os meus. Não é justo também que uma proximidade tão íntima comporte tão disforme ausência e tão pungente distância…

Comentários

  1. Sim não é justo... Mas é o que torna único o que sentimos, o que somos: seres humanos.

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