“E eu aceito nele o que eu não aceitaria em ninguém”, alguma vez, eu disse isto. Droga. E também, de repente, sou eu sorrindo por pensar nele... É o meu peito ardendo de saudade dele. Sou eu padecendo por cada pormenor que ele usa para me convencer – propositalmente ou não – de que não gosta de mim da mesma maneira… Droga, droga, droga…
Paro e tento… Escrever. Um nada qualquer, um naco que tenha para alguém ou para mim mesma, gosto de tudo. Poderia ser sobre isso mas eu não consigo, sinto-me uma covarde: seria como querer dizer e esperar você ir embora para fazê-lo. Não posso, não devo.
...Sua diferença é uma anomalia. As palavras repetiam-se, incessantemente. E misturavam-se, embaralhavam-se, trombavam umas nas outras, arrumavam-se despropositalmente, num eco, num grama de cheiro de fósforo, que ela não perceberia se não lhe tivessem dito. Tremiam e misturavam-se também os elementos de sua paisagem. Se fechasse os olhos para organizá-los, dormiria. Nato de motivos que ela não procurou entender, receosa, um sorriso despontou, escondido em algum canto daquele murmúrio, e os olhos piscaram mais lentamente, querendo torná-lo mais vibrante, querendo sem querer.. Agora, não era mais nada. Ali, não havia mais nada. Quede... Consciência de hora, lugar e si mesma ? Não havia... Quando perde-se assim, e quando perde-se assim ? Conhece ? Este querer não encontrar-se nunca mais.. Porém, sua diferença... Era uma anomalia.
A primeira frase diz tudo. E será isto inconsciente? Ou nós escolhemos assim por amor ?
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