Dissipou-se, simplesmente. Sem mais pretextos para desvelar-se, silencia-se este cuidado. Não deixa, porém, de existir.
Nata de um repertório dissimulado e adornado de gentilezas, calo em meu peito esta ilusão concreta de sentimentos. Se estava fadado a ser desta maneira, se me tivessem dito, eu talvez teria evitado este tão acerbo desengano. Mas os alarmes foram demasiadamente baixos…
Corta-me a garganta, a aspereza de meu ânimo. O delito fora então, meu – que crime tão grande há em crer ! Não o sinta, não, que te quero bem demais, que te quero e este querer, em mim, perdurará.
...Sua diferença é uma anomalia. As palavras repetiam-se, incessantemente. E misturavam-se, embaralhavam-se, trombavam umas nas outras, arrumavam-se despropositalmente, num eco, num grama de cheiro de fósforo, que ela não perceberia se não lhe tivessem dito. Tremiam e misturavam-se também os elementos de sua paisagem. Se fechasse os olhos para organizá-los, dormiria. Nato de motivos que ela não procurou entender, receosa, um sorriso despontou, escondido em algum canto daquele murmúrio, e os olhos piscaram mais lentamente, querendo torná-lo mais vibrante, querendo sem querer.. Agora, não era mais nada. Ali, não havia mais nada. Quede... Consciência de hora, lugar e si mesma ? Não havia... Quando perde-se assim, e quando perde-se assim ? Conhece ? Este querer não encontrar-se nunca mais.. Porém, sua diferença... Era uma anomalia.
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