Assovio. A rua deserta e “Chalana”, assoviada, era tudo o que se fazia ouvir. Se vinha de homem, de mulher, de criança, não me cabe dizer, não vi. Ouvi, apenas. Se fosse cantada, a voz estaria amarga, posso dizer. E também, os olhos marejariam em seu início. Qualquer outro pararia para escutar também, os trinados cessaram e o vento parou de ventar. A sensação que invadiu e preencheu, a mim e a rua, ambas desertas, deu-me um frio na espinha e fez as árvores chorarem.
   O Sol se pôs tão rapidamente, como que para escapar.. Que foi um momento tão doce, conquanto tão tristonho.
   Vou-me agora, com o assovio fervendo, insculpido n’alma.

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