Eles passam, passam… Não me vêem, não me olham. Uns olham sem ver, também.
Querem moto, querem bebida, querem mulheres, querem música, querem dança, querem descanso…
Queria pensar em tanto, também. Queria querer… Podendo ter assim que chegar em casa.
Porém… Permaneço aqui, sentada, os vendo (e tão somente, observando) passarem, querendo e querendo, ansiosos na certeza de terem…
...Sua diferença é uma anomalia. As palavras repetiam-se, incessantemente. E misturavam-se, embaralhavam-se, trombavam umas nas outras, arrumavam-se despropositalmente, num eco, num grama de cheiro de fósforo, que ela não perceberia se não lhe tivessem dito. Tremiam e misturavam-se também os elementos de sua paisagem. Se fechasse os olhos para organizá-los, dormiria. Nato de motivos que ela não procurou entender, receosa, um sorriso despontou, escondido em algum canto daquele murmúrio, e os olhos piscaram mais lentamente, querendo torná-lo mais vibrante, querendo sem querer.. Agora, não era mais nada. Ali, não havia mais nada. Quede... Consciência de hora, lugar e si mesma ? Não havia... Quando perde-se assim, e quando perde-se assim ? Conhece ? Este querer não encontrar-se nunca mais.. Porém, sua diferença... Era uma anomalia.
Ah observar o mundo deles...um capricho em vão.
ResponderExcluirE... mesmo sendo incomum as palavras que me infiro, o fenômeno de "ler-se" em outrem é tão... surreal. Sim, fiquei meio desencontrada, rs. (ruborizada), explico-lhe. Este belo post lembrou-me em essência algo que... (concentrada) um resquício de dor pela lembrança ressurgiu das cinzas, me permite? Eu vejo isto isto "vínculo de áureas" *-* , pois... por sentirmos algo análogo em épocas distintas. Céus, sou prolixa, enfim... no post "Ensaio: sofrimento reincidente" eu disse: "Sozinha na multidão fria eu sigo, e sigo, e sorrio e caio, e fico.
ResponderExcluirEu levanto, e sigo, e suspiro e declino, e estou
aqui estendida neste sol escalpelante onde descubro minhas cicatrizes no ego, pois brilham tão fortemente, cegam-me. Estou fascinada pelo número delas."
Beijos.
PS.: Sinta-se a vontade em deletar este comentário mais dissertativo que nunca! Eu me estendi... Porém, queria compartilhar.