Arcano
Quisera escrever teu nome… E deixá-lo junto ao vôo das andorinhas. Que ele voe e volte sempre ao meu ninho. Deixá-lo junto às flores que desbotam e renascem. Às nuvens ciganas, que chovem e deixam seus frutos e cheiros. À luz do sol, que não deixa de acompanhar-nos nunca. Ao ouro e a prata. Ao meu.
Não o mereço, porém.
Ah, meu amigo, de olhos castos, esfíngicos, cheios, redondos, como luas imensamente negras e orvalhadas. Em seus olhos cabem o mundo. Seus olhos refletem sua alma – meu mundo. Quisera poder vê-los mais de perto…
Poderia ser mais simples agora, que não estou lidando com um engano ou miragem. Somente um paradoxo, um tangível intocável.
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