É, não tenho palavras para minhas intenções, porém você as pode ver em mim, não ?
É pra cá que venho quando mataram-me, ou quando quero matar…
Eu continuo contando os teus passos, continuo seguindo os teus olhos e eu não vou desistir de você – não me entenda mal… Aliás, você poderia me entender mal ?
Antes eu podia fazer feliz todos que eu amava, com qualquer inutilidade… Eu dava a eles uma pedra e eles sorriam, como se todos os problemas do mundo pudessem ser apagados por um cascalho de cintilar suspeito. E agora ? Que em mim tenho tanto sentimento que quase pesa, que vejo o mundo submerso em tanta mágoa, onde estão as pedras brilhantes ? Em nome da felicidade, eu preciso me tornar um vidente, um mágico, um deus…
Minha ganância é indiscreta: eu quero ler mentes, escutar pensamentos, transformar e criar sentimentos, voltar no tempo, mudar o mundo ! Eu quero vê-los bem… Todos eles… Eu não posso. Merda.
Na verdade ninguém pode. Mesmo sendo impedidos, ainda que reprimidos ainda pode-se lutar.
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