Hoje…
Hoje tudo está tão calmo, tão bem,
que parece que estou n’outra vida.
Hoje tudo está tão calmo, e ninguém
fará com que eu me sinta sozinha.
Ainda é a mesma, a minha rima,
mas prometi não falar de amor,
nem de nenhuma ferida,
nem de tristeza, nem de dor.
Falo então sobre o aconchego
de não sentir absolutamente nada,
hoje, em minha intimidade não há segredo,
hoje, nada está me fazendo falta.
Falo então sobre aquela que, sem motivo,
compartilha comigo, me confia.
Sobre aquela que é um livro lido,
que por mim é tão bem conhecida.
Esse ócio, sei que não é certo
e sei que será esquecido
quando voltar o ardor eterno,
quando tudo perder o sentido.
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