EU

Vejo meu reflexo no espelho e me pergunto
“Como é que eu vim parar aqui ??”
Tento não perder o rumo, continuarei neste mundo
enquanto eu ainda conseguir sorrir…

Sigo olhando pra baixo, vigiando cada passo,
distraída, porém, tomando cuidado.
E entre meus tropeços e lamentos eu percebo
quão incompleta é a forma que eu me vejo.

Aqui sentada escrevendo sobre minhas futilidades,
enquanto eu devia estar estudando de verdade.
Talvez eu seja aquela pedra de asfalto bem polida,
de brilho escasso mas que, de qualquer forma, brilha.

Estive acreditando nas mentiras mais óbvias,
estive procurando por respostas;
então eu perdi tudo, tudo
por agir sempre por impulso.

Sou aquela ausência, sou meu coração errante,
sou a dor presente em cada corte.
Sou aquela egoísta, sempre reclamando da sorte,
quem fecha os olhos só pra esperar a morte…

Sou a vontade hesitante, uma paciência intolerante,
eu sou o pavor de empregar a palavra “eu”.
A fuga mais profunda... Sou apenas o desejo de ser,
basta olhar pra mim - sou só uma menina; é fácil ver.

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