Cansei de tanto rezar, pedindo pra você voltar,
Agora que estás aqui, por favor, estou a implorar,
Por favor, por favor, não vá,
Estou morrendo para você ficar,
Pois assim como sem o sal, fica vazio o mar,
E a noite fica negra sem o luar,
E uma rosa nunca será rosa se não desabrochar,
Eu nunca estarei viva se não puder te amar.
Ah, mas você tem que ir,
Eu sempre soube, sempre entendi,
Que ao lado dos eucaliptos nenhuma outra planta pode crescer,
Que enquanto a noite reina, não se pode amanhecer,
E enquanto estivesses do meu lado, estarias sempre a sofrer.
...Sua diferença é uma anomalia. As palavras repetiam-se, incessantemente. E misturavam-se, embaralhavam-se, trombavam umas nas outras, arrumavam-se despropositalmente, num eco, num grama de cheiro de fósforo, que ela não perceberia se não lhe tivessem dito. Tremiam e misturavam-se também os elementos de sua paisagem. Se fechasse os olhos para organizá-los, dormiria. Nato de motivos que ela não procurou entender, receosa, um sorriso despontou, escondido em algum canto daquele murmúrio, e os olhos piscaram mais lentamente, querendo torná-lo mais vibrante, querendo sem querer.. Agora, não era mais nada. Ali, não havia mais nada. Quede... Consciência de hora, lugar e si mesma ? Não havia... Quando perde-se assim, e quando perde-se assim ? Conhece ? Este querer não encontrar-se nunca mais.. Porém, sua diferença... Era uma anomalia.
adorei o o jogo de palavras... e de como consegue se expressar (jH)
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