Seu âmago remete solidão, tão doce em sua essência sombria e morta, tão morta que a morte adota e a deixa abraçar seu nome.
   Seus lábios, violáceos, tão gélidos que são, convulsos e afiados, delatam sem dó o timbre do tempo que passou… Atraentes como teias de aranhas.
   Suas pernas compõem ardilosa trempe, lábeis porém certeiras. Seus olhos são pérfidos e resultantes de sua mente incôndita, farta de pensamentos cruéis que desabrocham em sua garganta, sempre engasgada…
   Uma carranca gritante simula seus gestos em seu lugar, e isso é tudo.
   Que pode haver de belo nisso ? Que pode haver pra se amar ?

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