Vou-me embora, embalada, embalsamada, abarcada por esta letargia, neste sonho embarcada…
   Este sono anestesiado que te traz, repudio-o. Vou-me embora, não volto mais.
   Por nada deixarei este sorriso pra trás, fugir de mim novamente. Talvez seja essa a única coisa da qual eu jamais desistirei.
   Afasta este corpo alado, tão denso e tão vasto de mim. Quero ir embora, vou caçando os meus passos, sem os teus, sem os de ninguém, como há muito decidira fazer – não havia apenas me harmonizado.

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