Liberta sou – não estou.
Este cativeiro, não posso mais habitar. Porém, que não neste cativeiro, não há mais onde eu queira estar… Ao poucos, sou renegada pelo meu próprio penar. Estou afogando-me nessas rimas convictas, inertes, gastas.. Medíocres.. Tão sós.. Tão eu, não por sua solidão – não a tenho, ela mesma repudia-me – mas por serem repelidas, primeiramente, por mim, quem deveria enlaçá-las e protegê-las.
Rogo que me atirem uma fagulha de harmonia, um rascunho de versos para poder contemplar por agora… Que me doa, pois bem. Que somente de minhas palavras preciso, dessa companhia de conforto que está sempre a desertar-me… Dessas minhas palavras que vêm sempre por outrem, inúteis.
...Sua diferença é uma anomalia. As palavras repetiam-se, incessantemente. E misturavam-se, embaralhavam-se, trombavam umas nas outras, arrumavam-se despropositalmente, num eco, num grama de cheiro de fósforo, que ela não perceberia se não lhe tivessem dito. Tremiam e misturavam-se também os elementos de sua paisagem. Se fechasse os olhos para organizá-los, dormiria. Nato de motivos que ela não procurou entender, receosa, um sorriso despontou, escondido em algum canto daquele murmúrio, e os olhos piscaram mais lentamente, querendo torná-lo mais vibrante, querendo sem querer.. Agora, não era mais nada. Ali, não havia mais nada. Quede... Consciência de hora, lugar e si mesma ? Não havia... Quando perde-se assim, e quando perde-se assim ? Conhece ? Este querer não encontrar-se nunca mais.. Porém, sua diferença... Era uma anomalia.
Olá Nicole,
ResponderExcluirPassei aqui para acompanhar um pouco dos seus escritos e deixar o meu abraço,
Dalinha Catunda