Dorme, anjo… Repousa longe de meus braços. Se estás melhor aí do que estaria junto a mim, fico também como estás: bem, de alguma maneira.
Estou sendo redundante: já conheces minhas palavras.
Estou cansada, podes ver ? Estou cansada. Parece tudo tão distante de minhas mãos… E desejo tanto, tanto, esse tudo…
Te espero, paciente. Dói ver-te partir, mesmo sabendo que voltas…
...Sua diferença é uma anomalia. As palavras repetiam-se, incessantemente. E misturavam-se, embaralhavam-se, trombavam umas nas outras, arrumavam-se despropositalmente, num eco, num grama de cheiro de fósforo, que ela não perceberia se não lhe tivessem dito. Tremiam e misturavam-se também os elementos de sua paisagem. Se fechasse os olhos para organizá-los, dormiria. Nato de motivos que ela não procurou entender, receosa, um sorriso despontou, escondido em algum canto daquele murmúrio, e os olhos piscaram mais lentamente, querendo torná-lo mais vibrante, querendo sem querer.. Agora, não era mais nada. Ali, não havia mais nada. Quede... Consciência de hora, lugar e si mesma ? Não havia... Quando perde-se assim, e quando perde-se assim ? Conhece ? Este querer não encontrar-se nunca mais.. Porém, sua diferença... Era uma anomalia.
Por mais que você saiba que irá voltar,não deseja ver partir.
ResponderExcluirDemonstras um querer enorme,mas de algum modo,racional demais.
Talvez por saber que haverá retorno,não se preocupa quando chega a hora de partir.
Talvez.
Vou pensar.