Homérica. Tua beleza, doce flor, é inigualável.
Esfíngica. Quisera ter somente sua força, bastava-me.
Lânguida. Dúvidas tuas, quisera fazê-las minhas, tomá-las. Calá-las.
Em cada estrela fria deste céu opaco, reflete-se teu aspecto ímpar.
Nuvens de nada, densas, tapam-lhe a alma: refúgio que só não disfarça teu brilho.
Arrasta os passos, te levam pra perto, te trazem pra longe…
...Sua diferença é uma anomalia. As palavras repetiam-se, incessantemente. E misturavam-se, embaralhavam-se, trombavam umas nas outras, arrumavam-se despropositalmente, num eco, num grama de cheiro de fósforo, que ela não perceberia se não lhe tivessem dito. Tremiam e misturavam-se também os elementos de sua paisagem. Se fechasse os olhos para organizá-los, dormiria. Nato de motivos que ela não procurou entender, receosa, um sorriso despontou, escondido em algum canto daquele murmúrio, e os olhos piscaram mais lentamente, querendo torná-lo mais vibrante, querendo sem querer.. Agora, não era mais nada. Ali, não havia mais nada. Quede... Consciência de hora, lugar e si mesma ? Não havia... Quando perde-se assim, e quando perde-se assim ? Conhece ? Este querer não encontrar-se nunca mais.. Porém, sua diferença... Era uma anomalia.
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