Vejo-os esfregando as faces no vidro cortante, deformando-as mais e mais... Clamam meu nome. Vêm e vão, caem e urram.. Como a chuva. Como esta noite, enquanto espero por ti. E essas garras.. Posso quase senti-las em mim, somente em vê-las querendo cortar, a mim... E esses olhos, ávidos, ferais, se houvesse como livrar-me deles, agora ! Ah, este meu assombro... Silenciam: não se vão, porém, se para eles não olhar, não os perceberei - então te espero... Tão somente, espero.
E calo-me, pra não doer mais. Sei que vai, se não o fizer. Não vou dizer, pra não fazer sofrer...

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