“Quando eu vencer o escuro, vencerei tudo” – o que fez do conteúdo daquela noite, inolvidável.
Quando eu vencer o escuro, vencerei tudo, ganharei o mundo…. Não desfaço-me desse espalhafato incoerente, porém legítimo. Ganharia meu mundo ao não perder-me de mim mesma, todavia, também meu escuro perdeu-se de mim – luto contra o que não vejo, não sinto, não conheço. Luto contra o que não existe, um embate infindo e contra o que, portanto, não posso vencer… E não me pergunto mais, por quê.. ? Tão perto de suas lembranças, tão longe de você…
...Sua diferença é uma anomalia. As palavras repetiam-se, incessantemente. E misturavam-se, embaralhavam-se, trombavam umas nas outras, arrumavam-se despropositalmente, num eco, num grama de cheiro de fósforo, que ela não perceberia se não lhe tivessem dito. Tremiam e misturavam-se também os elementos de sua paisagem. Se fechasse os olhos para organizá-los, dormiria. Nato de motivos que ela não procurou entender, receosa, um sorriso despontou, escondido em algum canto daquele murmúrio, e os olhos piscaram mais lentamente, querendo torná-lo mais vibrante, querendo sem querer.. Agora, não era mais nada. Ali, não havia mais nada. Quede... Consciência de hora, lugar e si mesma ? Não havia... Quando perde-se assim, e quando perde-se assim ? Conhece ? Este querer não encontrar-se nunca mais.. Porém, sua diferença... Era uma anomalia.
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