Paro e penso agora em sua parcela de culpa pela dor inferida: a morte não é a cura, como imaginam alguns; tão pouco é o fim, ou pungente, como tantos outros pensam. Não é a morte que nos faz doer… Mas sim a ausência que por ela nos é dada, no seu único ato verdadeiramente atroz. É esta ausência que nos assola, sem que se tenha ao menos a perspectiva de exterminá-la: a ausência que a morte nos dá é indestrutível…  A ausência, esta sim, é inexorável.

Comentários

  1. Verdade... O buraco que a morte deixa que dói, não a morte em si!
    Saudade dói!
    Lindo texto, aliás! Como sempre!

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  2. Concordo...É essa ausência que se torna infinitamente massacrante e a morte em si é apenas um dos meios para que ela exista.

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