Eu odeio tudo o que tenho escrito.
Eu odeio tudo o que me tem dito.
Eu odeio quando começo um verso…
E não consigo passar do começo.
Eu odeio, odeio perder o ar
Por ele… Ah, perco o ar, perco a vida,
Perco as vistas e tudo, perco a rima,
Perco a linha… Sem me deixar salvar.
Odeio quando em mim raia um sorriso,
Quando este sorriso tem nome e dono.
Odeio quando sinto este vazio.
Odeio quando sinto este abandono…
Em mim. Odeio também não sentir,
Odeio e... Que se foda, vou dormir.
...Sua diferença é uma anomalia. As palavras repetiam-se, incessantemente. E misturavam-se, embaralhavam-se, trombavam umas nas outras, arrumavam-se despropositalmente, num eco, num grama de cheiro de fósforo, que ela não perceberia se não lhe tivessem dito. Tremiam e misturavam-se também os elementos de sua paisagem. Se fechasse os olhos para organizá-los, dormiria. Nato de motivos que ela não procurou entender, receosa, um sorriso despontou, escondido em algum canto daquele murmúrio, e os olhos piscaram mais lentamente, querendo torná-lo mais vibrante, querendo sem querer.. Agora, não era mais nada. Ali, não havia mais nada. Quede... Consciência de hora, lugar e si mesma ? Não havia... Quando perde-se assim, e quando perde-se assim ? Conhece ? Este querer não encontrar-se nunca mais.. Porém, sua diferença... Era uma anomalia.
Muito inspirador!
ResponderExcluirHá alguns anos eu iria dizer algo bem tosco como: original e cheio de atitute!
Seria tosco, mas seria verdade também!
Obrigada por lembrar de mim e passar no meu cantinho xD
Tão sincero...
ResponderExcluirhahahha
ResponderExcluiradorei !