Eu te vejo, eu não sei… Se tu me olhas também.
Adivinha-me sem saber que o faz… Ou sabes ?
Forte luz esta, irradiada dos teus olhos e nos meus refletida, faz-me cega e entorpecida.
Toma conta de mim, tu. Escreva para mim, que fico esperando e não paro, nem por um momento, de pensar em ti.
(Cuido de ti, eu).
Sobre cada palavra tua, reflito – me perco. Sofro. Me deleito. Tanto pode ser tanto, tanto pode ser pouco, tanto pode ser nada. Bem me quer, mal me quer, não me quer, não pensaste ?
Vem, fica.
...Sua diferença é uma anomalia. As palavras repetiam-se, incessantemente. E misturavam-se, embaralhavam-se, trombavam umas nas outras, arrumavam-se despropositalmente, num eco, num grama de cheiro de fósforo, que ela não perceberia se não lhe tivessem dito. Tremiam e misturavam-se também os elementos de sua paisagem. Se fechasse os olhos para organizá-los, dormiria. Nato de motivos que ela não procurou entender, receosa, um sorriso despontou, escondido em algum canto daquele murmúrio, e os olhos piscaram mais lentamente, querendo torná-lo mais vibrante, querendo sem querer.. Agora, não era mais nada. Ali, não havia mais nada. Quede... Consciência de hora, lugar e si mesma ? Não havia... Quando perde-se assim, e quando perde-se assim ? Conhece ? Este querer não encontrar-se nunca mais.. Porém, sua diferença... Era uma anomalia.
Jogo de palavras incríveis.
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