Mas é claro que o sol vai voltar amanhã
Mais uma vez, eu sei...
O peito enfunou-se, orgulhoso da coragem que nem era sua. Quis espremê-la, enchê-la de beijos, agarrá-la e pular junto dela: um sonho !
...Pouco a pouco, as mãos soltaram-se. A coragem tornou-se necessidade: os olhos brilhantes vislumbraram os fatos como fatos, não contos. Um torpor de estagnação dominou aquela boca, abafou os pulos - pensava no que ia fazer por aquela doçura que escondia inquietude num riso cotidiano. Desejara a vida simples, desejara que aquele ato bastasse para tudo, e imediatamente. Porém, aquele ato apenas tecia um começo - mais a aflição que causava a possibilidade de aquele começo estar inclinado a uma tragédia descomedida.
O peito desassossegou-se, cuidando de uma agonia que nem era sua. Quis espremê-la, enchê-la de beijos, agarrá-la e pular junto dela: escondê-la ! Prendê-la em qualquer outra dimensão, tapar olhos e ouvidos, não deixar que lhe fizessem mal.
O peito desassossegou-se, cuidando de uma agonia que nem era sua. Quis espremê-la, enchê-la de beijos, agarrá-la e pular junto dela: escondê-la ! Prendê-la em qualquer outra dimensão, tapar olhos e ouvidos, não deixar que lhe fizessem mal.
Porque eu me sinto aí?
ResponderExcluir"Escuridão já vi pior"
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