Um epílogo desta alma,
pra esta alma que desconhece
se é verdadeiramente alma,
se é verdadeiramente algo,
ou qualquer coisa que o valha.

Um epílogo desta alma ?
Uma flor descolorida,
coisa inútil que, sozinha,
insiste em colecionar
memórias do que não foi,
saudades do que não vem.

Um epílogo desta alma:
A síntese da espera
no calor da paciência
que implora pra não partir;
Que grita, quase entediada,
"Sossega ! que o amor não rima
sozinho não pede rima,
sozinho, só quer chorar".

Um epílogo desta alma,
desalmada criatura,
paradoxo da ternura
que mata pra proteger
o viver, querer amor
o deixar que seja amor
o abraço da própria sorte...
O gracejo, que é amor.

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