Clamando palavras que não vêm... Quisera poder tecê-las, então, na tentativa de atenuar este desconsolo que, aflito, em mim não cabe mais e não me larga. E não me deixa.
   Não vens, nunca chegas, todavia, desde já e desde sempre estou a lamentar tua partida e para avolumar meu padecer, sepultaram-se as palavras, sequer um verbo me restou.
   Ao vislumbrar-me acompanhada, porém, estimo minha quietação intrínseca; julgo ser o silêncio o enternecer dos âmagos, da companhia cujos verbos principia a emprestar-me e aninhar-me para adormecer - ainda que a autêntica solidão não permita.

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