Uniforme, somente o apetite ávido por escrever: parte de mim quer a morte... Parte de mim quer o "nós"... Parte de mim quer acusar. Parte de mim quer apenas deitar-se.
Não precisa procurar a afinidade dos pontos - não há.
Minha escrita amordaçada, atada ao fato dos fatos, quer o antigo, o perene, e não o breve dos momentos, da inconstância de viver; quer o doer; quer sevícias; quer a morte, quer matar... Quer matar mas está morta. Demasiada morta e estafada para matar.
Tranca-se em uma perrice obstinada: criança que não sabe perder e não tem o que quer (quer ser causa de óbito, quer o cheiro de éter, quer o medo da solidão, quer a noite lúgubre, quer mortificar um coração em uma despedida).
Criança velha, porém, que lamenta a infância perdida, a juventude instintiva e sempre bem disposta à barbarias.
Devaneios e fantasias desgastados, dramas fatigados que em pleno leito de morte nada têm a dizer: não há últimas palavras.
Catástrofe sem graça habituar-se à realidade. Catástrofe, pois sonhar tornou-se incômodo e margem para pranto parvo.

Comentários

  1. Seria o fechamento universal ou somente com aquilo que não conseguimos entender naquele breve momento?

    Monjh

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