Olhos tempestuosos, embargados pela sombra de olhos glaucos; afogados num espectro castanho. Olhos cujo trabalho hercúleo é fincá-los junto aos pés, nesta terra iníqua. Fincá-los, não posso, devo já dizer, junto aos pés passivos, os olhos não param.
O mundo sinestésico, das estesias frenéticas de conjunturas supostas e mortas - desviaram-se os olhos -, a busca antitética (porquanto a boca não cala, conquanto queira, conquanto não queira) pelo silêncio abissal restrito aos olhos do âmago... Os olhos, os olhos. Escassos, porém, em si, em seus poucos castanhos de olhos, cabem os outros olhos todos, e os olhares infindos jazem neles... Nestes olhos.
Falta a inconsciência de ti.
O mundo sinestésico, das estesias frenéticas de conjunturas supostas e mortas - desviaram-se os olhos -, a busca antitética (porquanto a boca não cala, conquanto queira, conquanto não queira) pelo silêncio abissal restrito aos olhos do âmago... Os olhos, os olhos. Escassos, porém, em si, em seus poucos castanhos de olhos, cabem os outros olhos todos, e os olhares infindos jazem neles... Nestes olhos.
Falta a inconsciência de ti.
Céus, que belo isto!... É tão soberbo, que sinto seguidamente meu olhar findar no ritmo que impetrou nas palavras. Magnífico Nic, tanto que implode na sinestesia probanda da poesia e solitude compensatória da introspecção de escrever desta forma. Beijos!
ResponderExcluirQue texto interessante o seu Nicole. Fazia tempo q não lia textos sobre os olhos. Acho que sempre faltam aos olhos menos voz e corpo, do que silêncio e movimento.
ResponderExcluirSeu texto me faz pensar que talvez sejamos olhos a olhar olhos que olham para as telas das telas do que não podemos significar.
belo texto