Declarar isso pode ser o equivalente a assinar um atestado de estupidez ou ignorância (ou ambos). Eu sou mesmo muito burra (mas não do tipo de burrice que se conserta... Eu não sou remendável, sou burra - e muito), então, que diferença faz ?
     Onde parei ? Ah, sim. Eu não gosto de ler livros que já li, digo, reler algo - isso inclui o que eu mesma escrevo - e não gosto de ver filmes que já vi. Não tem graça, a verdade é essa. Até digo que não me importo em perder novamente três horas para acompanhar alguém (no plural), mas, eu realmente detesto na maior parte das vezes.
   Apesar disso e por qualquer motivo que não cabe dizer, comecei a reler-me, de trás pra frente, e percebi que estou vivendo um filme - arg - repetido. Com um certo ar de preguiça, deparo-me com um castelo de areia destruído em sua bagunça... Com a única e singela diferença que o silêncio de outrora é o que hoje mais tenho alegria em alcançar - já couberam palavras e palavras não tive (paciência porque nem todos que se julgam homens são, de fato, homens).
   A trilha sonora que venho tentando evitar é a mesma que me acompanhava há pouco mais de um ano. O susto que custei engolir, a pergunta que não deixo sair, tudo assim: mais do mesmo. Os receios, os arrependimentos, as indecisões... Céus ! A mesma vontade de seguir em frente. A mesma certeza imbecil daquele íntimo "tudo bem" - o mesmo tapete covardemente puxado logo em seguida. A mesmíssima mentira.
   E eu não aprendi da primeira vez. E é por isso, tão por isso, que eu sou imensamente, completamente, infinitamente... Burra.

Comentários

  1. Não, não és burra. Nesta vida, é levando tombos que aprendemos. E, se levaste duas vezes o mesmo, com certeza aprendeste em dobro.
    GK

    ResponderExcluir
  2. Eu também não sou autoditada, aprendo algo só depois de muita porrada!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

A Saudade das Folhas

Ano Três