Mas eu não quero calar. Tento pensar no que dizer e no pensamento as palavras se misturam e confundem, imagine se eu tentar dizer - eu penso, ainda pensando.
Será que haverá sempre algo mais forte que minha voz ? Se eu disser agora perco tudo porque não há maneira de minhas palavras serem agradáveis. Será que estarei sempre dependente de um bom comportamento para que não cortem a linha tênue que me une a tudo aquilo que me faz feliz ?
O que sou hoje pode ser fruto de toda essa imposição. Na verdade, essa conclusão é idiota de tão óbvia. É claro que sim. É claro que há em mim alguém submisso e machista, como me mandam ser, e é claro que é por isso que as palavras se misturam, é claro que é por isso que a primeira guerra, e a mais difícil, a contra eu mesma, ainda está longe de ser vencida.

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