Não vem me olhar agora
como se me cobrasse
- como se eu lhe devesse -
um verso ou uma prosa.

Não vem querer entender,
procurar aqui qualquer poesia
que, se nasceu, foi de um engano.
Aquilo foi tudo mentira.

Eu nunca tive quinze anos.

Comentários

  1. a pulsar 3,1458904573223s de nicole por ramonlvdiaz


    a pulsar de nicole apruma astronomias tensas
    arruma astrologias sonsas
    e todo tipo de seno difícil e os infraniversários
    que comemoram-se com amigos que nem se conheceram
    e esboçam seus amores sem dono, ladrando os silos
    da noite em loteria, em efeito doppler as estradas
    paralelas por quem dobram os sinos de teu espectro
    e um jeito termodinâmico, todos os impactos...
    sinto a gravitação dos livros tracejar tua órbita
    que são ficções científicas que jamais conhecerei
    ou, conhecendo, intranquilamente nem são...
    podem ser suposições entre poesias que já foram
    congruentes, espaço molecular entre as rochas do
    chão que podem atomicamente nem estar, [entremomento]
    no recair de peças gigantes e já alma em fase líquida
    que chove alheia à alguns amores etéreos alelos ilusos
    de um futuro feitio só círculo.
    vou cantar o que não sei de ti, sem tecer loas que são
    cimentos forçando umas barras prometendo namoros e anti
    projetos dum cinema em marataízes sem solar sincronizado
    em ti tudo que não for facilmente cartesiano, rosa-chá,
    guimarães e kilimanjaro; correndo um severo risco de
    perder-te graças a deus em mirante com tanta viagem e
    supor que a tua geografia seja radicalmente diferente.
    supor que as diferenças de supor sejam novas cores do teu
    cachecol amarelo: espirais de outros lugares ainda nem tão
    regionais ou um espírito instável, antes de deus...
    tudo que for geral e comum, não cavernas escuras com luz mirabolante,
    pode ser teu recanto, repouso de um vôo de n-manobras,
    e um só pitagórico triângulo onde relações funcionam
    com espaço para o fracasso e todo espaço fracassando
    em itapoã, agora amortecida mesmo sem água afluente
    de um grande dharma ribeirinho e os séculos secam, ciclam e clinamen,
    que vez por outra choram contragostos, sextas- feiras
    inteiras nas janelas e metáforas atrapalhando os dias
    e a chegada da aurora despercebida totalmente outrora,
    porque se perdeu afásica nos pastos à beira da várzea:
    trifase eletrônica que em essência foram tantos mysterios
    esperando – esgotados – uma grande maré que nos carregue,
    decifrando um monte de gente até os seus zeros levogirarem
    no oriente quando todos os genes se comportam e compostam
    pontos cardeais em vários tons de santo antônio e boitempo...
    tua voz paralém dos propósitos, correios contrários que não logram,
    incide em marte paramiragems num tipo de galáxia que também existe
    com matemática avançada e vagamente esnobe; páginas cheias de sigma
    e radiação de fundo fóton incluso nas tuas memórias de velvet luna,
    uma certeza de estar aqui e a grande física de não sabermos quando
    a vida profunda tangencia inexpressões que pulsam corações sem jeito
    ao longínquo de todas as vertigens e limites dos campos:
    chão contra-chão e pára-nuvens.

    mas já não percebo tais limites: anoitece rapidamente
    mas agora tenho teu sorriso entrópico, tropicalmente...


    [30/10/2012, Paraty]


    sugestão musical: Uyama Hiroto - Waltz for Life Will Born

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